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FV 2024: ‘Recorde de público, marcas e consolidação do rebranding’, diz Bruno Portela

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Redação

Um quarto de um século de encontros, histórias e muita música. O Festival de Verão Salvador (FV 2024), ao celebrar seus 25 anos na edição de 2024, não poupou esforços para traçar uma ponte entre o passado e o futuro, celebrando nomes consagrados da música brasileira e a nova geração de artistas. Durante os dois dias de evento, que aconteceu nos dias 27 e 28 de janeiro, no Parque de Exposições, em Salvador, o festival atraiu o público recorde de mais de 80 mil pessoas. Para fazer o evento acontecer, mais de 8 mil profissionais estiveram envolvidos, além de mais de 30 marcas parceiras, em um número também histórico.

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Em entrevista exclusiva ao POPline.Biz é Mundo da Música, Bruno Portela, CEO da Bahia Eventos, empresa responsável pelo Festival de Verão 2024, realizou o balanço do evento que contou com mais de 40 artistas divididos entre os cinco palcos neste ano – os principais, Cais e Ponte; Palco Rua, DJ Tower e o palco responsável pela festa After do Camarote VIP Sminorff –  encontros musicais e shows exclusivos, a exemplo de Caetano Veloso com o espetáculo do álbum ‘Transa’, bem como, a presença da atração internacional CeeLo Green; ações in loco em prol das abordagens ESG, entre outros.

O FV 2024 contou, pelo segundo ano consecutivo, com a direção artística de Zé Ricardo, profissional responsável por trazer o o conceito que norteou o mote da edição: ‘Viva de novo esses encontros’.

De acordo com Bruno Portela, a estimativa prevista era que o reposicionamento de marca do Festival de Verão acontecesse em três anos, mas, que o resultado almejado foi alcançado na edição de 2024.

“Hoje, o Festival de Verão Salvador, se posiciona como o quarto maior Festival do Brasil, o maior Festival do Verão Brasileiro, e muito em função desse novo momento que a gente propôs, e para isso, nós fizemos algumas provocações para o produto, trouxemos grandes marcas, deixamos de acessar verbas regionais. Com isso, o Festival deixou de ser um evento regional e a gente passou a negociar, a falar e a conduzir com as marcas no âmbito nacional”, aponta Portela.

Bruno Portela, CEO da Bahia Eventos
Bruno Portela, CEO Bahia Eventos. Foto: André Carvalho / BN Hall

O executivo destaca que a tratativa com as marcas foi baseada em diálogo, no qual, “as marcas olhassem o Festival de Verão, muito em função da experiência, como um festival único e não como ‘mais um festival na agenda ou no calendário de tantos festivais’, que virou o ‘produto queridinho’ de todas as marcas,  porque você atinge ali um grande número de pessoas, você posiciona a sua marca pra um público muito nichado”, destaca o executivo da Bahia Eventos.

Bruno revela que o entendimento sobre o público de Salvador, entre nativos e turistas, foi passado para as marcas e traduzido nas ativações multissensoriais. Os espaços das marcas foram inseridos dentro do universo do Festival, com o objetivo que o diálogo entre público e marcas, fosse feito de forma natural dentro do evento. Neste ano, grandes empresas como Elo, Devassa, Tim, Coca-Cola, Smirnoff, Shopping da Bahia, Nivea, Esportes da Sorte, entre outras, se uniram ao Festival.

Marcas de peso se unem aos 25 anos do Festival de Verão Salvador 2024

Novidades da Edição de 25 anos do Festival de Verão

O Palco Rua, a DJ Tower e o After do Camarote VIP Sminorff estiveram entre as novidades da edição deste ano, que contou com a transmissão da Rede Bahia – afiliada da Rede Globo – mais de 15 horas de transmissão do Multishow, Globoplay e pílulas na TV Globo nacional. O FV 2024 também reuniu um número recorde de veículos da imprensa nacional presentes na cobertura do evento. Os números preliminares apontam que mais de 18 milhões de brasileiros foram impactados pela edição deste ano e 44% da audiência da TV local, Rede Bahia, acompanhou os shows em suas casas.

Do pagode baiano ao trap, do axé à MPB e do samba ao pop, o Palco Rua levou toda a diversidade da nova cena musical local, que contou com o apoio de Fabio AlmeidaeCamila Rebouças, sócios daJoin Entretenimento, fundadores do Hub de conteúdo musicalUbaque.

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Artistas que se apresentaram no Palco Rua do Festival de Verão Salvador 2024, da esquerda para a direita: Illy, Nêssa, Pedro Pondé, O Kannalha, A Dama, Dom Chicla, Rafinha RSQ, Tiri de Castro, Diggo e Letícia. Foto: Divulgação

Já a DJ Tower, no primeiro dia, contou apenas com a presença de DJs mulheres e, no segundo dia, uma das atrações principais, Dennis DJ, levou seus hits ao festival sob o apoio de um espetáculo de fogos de artifício.

Por fim, o After do Camarote Sminorff, exclusivo para quem comprou ingresso dos Camarote Vip Smirnoff e Lounge Vip By Elo, ampliou a festa até às 6h da manhã, trouxe os shows do sertanejo Danniel Vieira e do Forró do Tico.

“Nós precisamos garantir que tudo seja muito qualificado e pensado para o público. A gente precisa continuar criando memórias. Nós precisamos continuar na vida das pessoas fazendo a diferença mesmo. Nós temos, em Salvador, uma força de trabalho muito qualificada nessa área de eventos. O que é muito positivo, é uma cidade que vive e respira da cultura e do entretenimento. Então, tem na base no seu dia a dia, profissionais muito qualificados, e isso a gente traz pro Festival, valoriza isso e busca sempre ampliar”, afirma Bruno Portela.

A Bahia Eventos é realizadora do Festival de Verão Salvador juntamente com a Salvador Produções, empresa comandada pelo Sócio e CEO Marcelo Britto, que também faz parte do planejamento da produção do evento.

FV 2024: ações in loco e o compromisso com pilares de ESG 

Além da programação diversa, multigeracional e repleta de gêneros musicais diferentes, o Festival de Verão deu continuidade às causas sociais e ambientais que reforçaram o compromisso do evento com a comunidade local e o meio ambiente.

Nas pautas ESG, o FV teve – pelo segundo ano consecutivo – iniciativas de gestão de resíduos, através da estação de reciclagem ao vivo e a compostagem dos resíduos orgânicos, que contou com a parceria da Coca-Cola.

O festival contou também um plano de adaptação climática, com áreas de hidratação e de resfriamento, além de operações de mitigação e neutralização das emissões de gases de efeito estufa através de ações ambientais compensatórias, garantindo as certificações de evento neutro e resíduo zero.

De acordo com Bruno Portela, resíduos dos óleos de dendê, utilizados nos acarajés, bem como, de frituras em geral presentes no evento, foram transformados em sabões e detergentes. Enquanto que, as lonas de plástico, foram transformadas em bonecas, por exemplo, e destinadas para organizações sociais que são capazes de transformar o resíduo em produtos que garantem o sustento de centenas de famílias.

“Muito mais do que a gente ter a ação, dizer, ou publicizarmos, nós mostramos, in loco e ao vivo o que é de fato. Porque você dizer ‘eu recolho as latinhas e reciclo pós-evento ou envio para uma empresa de reciclagem’ é muito etéreo, a pessoa não consegue materializar. Então, quando a gente traz a ação pra dentro do Festival, e ela acontece ao vivo, as pessoas fazem parte disso, você materializa e conscientiza. Não fica àquela coisa em ‘uma linha simplesmente de defesa no texto ou uma linha interna pra gente de planilha’, você trazer isso para a vida real, mostra às pessoas o que de fato é e que não é nada impossível, difícil, distante, e não é nada que ninguém não possa fazer na sua casa”, explica Bruno Portela.

ESG, Festival de Verão Salvador 2024
Estação de reciclagem ao vivo no Festival de Verão Salvador 2024. Foto: Divulgação

O executivo acrescenta: “e assim a gente vai formando uma cadeia inteira e a gente vai trazendo o festival como agente transformador. E esse é o nosso papel. Nós não podemos deixar de ser protagonista em tudo que a gente faz. O tamanho que a gente tem e a história que nós temos, isso é o mínimo que a gente se propõe a fazer. É ser protagonista e é ser agente transformador.”

Em paralelo, com o foco social presente no ESG, o festival repetiu em 2024 a parceria com a iniciativa Quabales – idealizado pelo multi-instrumentista, compositor, produtor e performer Marivaldo dos Santos – com um programa de investimentos de recursos na ONG.

Festival de Verão Salvador: olhar para o futuro e projetos da Bahia Eventos

Questionado sobre a possibilidade da ampliação de dias do Festival de Verão Salvador e mais artistas internacionais no line-up, Portela aponta que há sempre ideias de expansão do festival, mas, que elas precisam estar atreladas ao calendário de eventos da cidade, bem como, ao feedback do público. Essas frentes serão analisadas para a próxima edição.

Em relação ao calendário de projetos da Bahia Eventos, a empresa de entretenimento da Rede Bahia, se prepara para um ano repleto de iniciativas, entre elas: Festival de Inverno Bahia (FIB) que acontece em Vitória da Conquista, na Bahia, entre os dias 23 a 25 de agosto, e possui, além do engajamento do público local, a atração de turistas de São Paulo e Belo Horizonte. O line-up está sendo formatado e será anunciado em breve.

O portfólio de eventos da companhia ainda agrega: Flimina e Flidendê – que são eventos literários – e a Constru Nordeste. Em paralelo, a empresa irá fortalecer a sua atuação no setor corporativo e busca ser referência no setor, tanto no Nordeste, quanto a nível nacional.

“É muito difícil fazer um evento desse porte [Festival de Verão], mas, esse desafio fica muito fácil com a equipe que a gente tem. Nós temos uma equipe de suporte aqui de todos os veículos – não só dos veículos de mídia que nós temos aqui na Rede Bahia – mas também, e principalmente, das áreas de suporte, das áreas corporativas que nós temos na Rede Bahia, o time da Bahia Eventos é um time extremamente engajado, competente, sabe o que faz, tem propriedade no que faz“, ressalta Bruno Portela.

Festival de Verão Salvador 2024, comemoração de 25 anos de história
Festival de Verão Salvador 2024, comemoração de 25 anos de história. Foto: Lelio Duarte

O CEO da Bahia Eventos acrescenta: “então, ao mesmo tempo que é desafiador você montar, pôr de pé um festival desse tamanho, é muito prazeroso, porque você vê verdade em cada entrega, em cada pessoa, em cada reunião que a gente faz. E assim, o Festival é feito por pessoas, para pessoas. E as pessoas que fazem esse festival são pessoas: corretas, bacanas, de verdade, extremamente competentes. E não veem no Festival apenas um produto, veem no Festival um agente, de fato, de transformação cultural, de transformação da sociedade, de responsabilidade.”

Bruno Portela finaliza: “isso em um contexto, de uma cidade plural, de uma sociedade injusta, porém, plural. E a gente precisa estar atento a isso e reforçar o nosso compromisso de mudar a cada dia, de melhorar como marca, mas também, como ecossistema que ali orbita tantas vidas, tantas pessoas, tantas famílias. E é isso que a gente está engajado.”