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Entrevista: Papatinho revela bastidores sobre minidoc no Amazon Music

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Amazon Music dá espaço para a cena musical urbana com o lançamento do minidocumentário ‘A Evolução dos Beatmakers’, estrelado pelo beatmaker e produtor musical Papatinho. Com duração de 17 minutos, o filme mostra momentos da sua carreira, desde ConeCrewDiretoria até as parcerias atuais no seu selo Papatunese com artistas, como Marcelo D7, Gabriel, o Pensador,Seu Jorge, Anitta, L7nnon e MC Hariel.

Além do minidocumentário, Papatinho lançou uma música Original Amazon chamada “Cifrão”, ao lado de L7nnon e Kawe. Em entrevista para o POPline.Biz é Mundo da Música, o beatmaker e produtor musical explicou como foi o processo de revisitar a sua trajetória durante a idealização e gravação do filme.

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Segundo Papatinho, a vontade de fazer música e a paixão foi o que  o impulsionou a  seguir o seu sonho, mesmo que ele parecesse distante.

“Sempre acreditei em um sonho, mas era meio impossível. Naquela época mais ainda, porque não tinha mercado para aquilo, era completamente fora do padrão. Fazer beat de música, ser produtor de rap, até então era uma coisa muito distante de todos os caminhos que um jovem pudesse seguir para ser bem sucedido. A vontade e a paixão pelo negócio ganhou tudo isso. Esse foi o divisor de águas para que eu fosse atrás de um sonho impossível, que era considerado por muitos.”

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Papatinho. Foto: Divulgação

De acordo com Papatinho, a elaboração do minidocumentário foi pensada a partir de uma entrevista que foi dada para o Amazon Music. A partir dela, a equipe foi traçando as imagens e os depoimentos que ilustram a narrativa da trajetória musical do beatmaker. 

“Como é um ‘minidoc’ é só uma palhinha de tudo. Um dia eu penso em fazer um documentário, talvez uma série. Eu gostei dessa parceria com o Amazon, deu para organizar algumas coisas que eu tenho e parar para ver alguns momentos da minha carreira. O prazo era muito apertado e a gente não conseguiu gravar com algumas pessoas. A produção durou uma semana, três no máximo, sendo que a gente tinha que ter um show para filmar. Mas todo mundo aparece de certa forma. O L7NNON, por exemplo, estava na Europa.”

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Papatinho. Foto: Divulgação

Ainda de acordo com Papatinho, o audiovisual não é um universo tão distante da sua trajetória. O beatmaker e produtor musical participava de todo o processo da elaboração dos clipes, desde o roteiro até a edição, na época da ConeCrewDiretoria. 

Ao ser questionado sobre o que Papatinho falaria para ele no começo da carreira no mercado musical, depois de ter revistado a sua trajetória na produção do minidocumentário, o beatmaker é enfático ao falar que o caminho podia ser arriscado. No entanto, com dedicação e amor, é possível ser feliz trilhar um caminho de sucesso.

“Eu falaria o que eu falo para novos artistas e produtores. O mais importante de tudo é fazer o que você gosta, o que você ama, porque você vai ser feliz. Isso é um ponto independente .Muitas pessoas tentaram cortar a minha onda quando eu era mais novo. Só que era tão forte para mim que nada ia me parar. Hoje, os artistas tem um mercado, com os artistas, contratantes de shows, as plataformas de streaming, o dinheiro do digital… Existe uma luz no final do túnel. Eu não tinha essa luz, era muito mais arriscado no meu caminho. Eu sempre digo: faça. De certa forma, fazer música não deixa de ser uma terapia, uma coisa que faz bem, por isso, não tem nada que eu fale para desanimar alguém. Então, seriam coisas positivas que eu falaria para o Papatinho de 2006.”

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Papatinho. Foto: Divulgação