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Como será o mundo pós coronavírus? Sim! Isso tudo vai passar…

Diante de um momento desafiador para a indústria da música, nosso colunista Sergio Jr. faz um análise completa sobre o atual período e sobre quais aprendizados aplicaremos quando a crise do coronavírus passar. Um momento desafiador que nos pede um olhar atento e reflexivo.
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Redação

Vai passar e iremos vencer o vírus. Não acho que o momento será apocalíptico trazendo com ele o fim do mundo, mas, será difícil e doloroso até atravessarmos essa fase.

Tenho esperança, fé em Deus e na humanidade que em breve, vamos achar uma cura, um tratamento eficaz, ou na última das hipóteses: uma forma de conviver com o vírus.

Difícil é prever “quando”, mas, vamos…! E o mundo vai voltar ao normal.

Aí é que está! Essa volta ao “normal” é a minha maior expectativa, ela sim vai fazer a diferença.

Somos todos iguais, frágeis, humanos, limitados, dependentes uns dos outros, convivendo no mesmo planeta.

Nossos conhecimentos, avanços científicos, poderio bélico, poderio financeiro, restrições nas fronteiras, de classe social, de cargo, de etnia, de poder, de influência; nada, nada, adianta.

Não resolve, não defende, não imuniza.

O vírus conseguiu pôr o mundo em cheque.

Hoje, não há nada mais importante que “sobreviver”.

Basicamente, três aspectos de sobrevivência nos arrebatam:

1º) Tememos por nossa vida – pelas pessoas que amamos, pelo vírus e suas consequências; pelas vidas que se perdem, pelo colapso na saúde, velocidade exponencial do contagio e pelas vidas que inevitavelmente se perderão.

2º) Sobreviver ao caos financeiro, econômico e social – Não sabemos quanto tempo durarão as quarentenas e o isolamento social.

Mas, sabemos que capacidade produtiva e de consumo têm um nível muito inferior que o mínimo suportável pra qualquer empresa, atividade, para o desenvolvimento de um país.

3º) Sobreviver aos dramas individuais, pessoais, psicológicos – acentuam-se as depressões, brigas, instabilidades emocionais, problemas e doenças preexistentes.

Em muitos casos, o isolamento social familiar pode causar um conflito doméstico sem precedentes.

Em outros, pra quem vive só, suportar essa essa solidão imposta pelo bem comum é o maior desafio.


O mundo pós pandemia, tem muito a ver com o que faremos a partir de agora.

Não se culpe e nem se questione sobre o que já foi feito. O que fizemos, está feito.

Não se martirize com colocações do tipo: “se eu tivesse feito isso”, “não tivesse feito aquilo”… não vai resolver, apenas agravar.

Mantenha-se informado e isolado, se possível. Procure distrair a mente, busque soluções simples e pense “semana pós semana”.

Se não há uma forma de trabalhar em home office, se não há uma maneira de ganhar dinheiro, não envergonhe-se em pedir, busque compartilhar o que puder com pessoas próximas e de seu convívio (respeitando as recomendações pra evitar contaminação).

Diga o que precisa, você vai conseguir resolver.

Todos os líderes mundiais estão determinados em curar a doença e conter os estragos ocasionados por ela.

Vamos nos ater aos nossos problemas pessoais e viver um dia de cada vez.

Vivemos num mundo feito por disputas gananciosas, egocêntrico, com guerras, violência, cheio de preconceitos e exclusões.

Se voltarmos ao filme de nossas vidas há 3 semanas, lembraremos que todos nós colecionávamos dezenas de reclamações sobre o nosso dia a dia, vida, tempo, nosso dinheiro e/ou a falta dele, nossos planos, etc.

Hoje queremos  “que o mundo volte ao normal” e queremos “nossa vida como era”.

Fomos impactados na marra e forçados a perceber que a nossa vida, por mais que reclamássemos, nos escancarava chances de mudança e melhora todo o tempo e estávamos ocupados demais pra enxergar.

Descobrimos que a saúde da humanidade é frágil, que o que tínhamos e não parecia bom, é hoje o que desejamos ter de volta.

Já pensou nisso?!

Nós vamos sobreviver e atravessar esse momento!

E temos que aprender: somos obrigados a compreender algo de muita relevância.

O Mundo não pode, não deve e nem poderá ser o mesmo “pós coronavírus”, temos como base probatória 3 constatações indiscutíveis:

1º) Como humanidade, aprendemos que o mundo é um só e sem fronteiras

Uma hora ou outra haverá um impacto direto ou indireto de uma região, país e um povo, em um outro;

2º) Economicamente, aprendemos que há enorme desigualdade social e de renda até em países desenvolvidos

Constatamos que os valores investidos em ciência, ensino e pesquisas, são inferiores e distorcidos frente à outras áreas.

Agora tudo é evidente, o tempo perdido faz falta e as desigualdades ficam latentes;

3º) No aspecto pessoal

O que cada um de nós vai fazer com sua vida, tempo e seus objetivos quando passar essa pandemia?

Aprendemos a priorizar o nosso tempo? Vamos devolver algo útil ao mundo?

Vamos aproximar as relações de amor e afeto, olhar mais pra quem está ao lado?

Será que aprenderemos a caminhar juntos e a pensar coletivamente?

Um vírus nos obriga a ficar em casa, pra salvar o mundo.

De casa, nos preocupamos com a nossa subsistência, torcemos e rezamos por profissionais da saúde, pelos profissionais que exercem atividades essenciais; pelos governantes em todo o mundo, pela tomada de decisões, pelas pesquisas e ciência.

Estamos aprendendo a lidar com Fake News e, impiedosamente, questionamos a nós mesmos pela forma com que vínhamos levando a vida – seja lá como nós a levávamos – o questionamento é inevitável.

Que bom que é!

Em momentos como esse, percebemos como a arte se torna importante para o equilíbrio do corpo e da mente, evidenciando a beleza e a importância de quem abstrai realidades.

Nesse isolamento e momento de reflexão, a arte nos acalma, acalanta, ameniza a dor, distrai e traz esperança.

Que essa pandemia, mesmo que da pior forma, traga à tona o que há de melhor em nós: boas reflexões, boas ideias e que a gente busque sempre o lado bom das coisas, vamos descobrir que ele sempre existiu; mesmo onde a gente nem sabia que havia. 

A gente vai sobreviver a isso.

O mundo hoje está unido na dor, contra um inimigo comum e nunca mais será o mesmo, pós Covid-19.

É nosso dever torná-lo um lugar melhor do que sempre foi, nós temos que ser, no mínimo, melhores do que sempre fomos.

Cuide-se, cuide dos seus, reze e lave as mãos.

Isso tudo vai passar, em breve, e dias melhores estão por vir…

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Sergio Jr. é integrante do grupo Sorriso Maroto, Músico, Compositor e Produtor Musical, com 22 anos de atuação no mercado fonográfico. Bacharel em Direito, Criador e Diretor Artístico da “Artesanal Digital” (Editora/Selo/Produtora).