IFPI 2019: consumo e engajamento musical crescem, streaming mais popular e violação de direitos autorais preocupa; veja relatório

IFPI divulga relatório sobre o consumo musical em 2019. Streaming cresce popularidade entre pessoas com mais idade, tempo de 'ouvir música' cresce, direito autoral respeitado preocupa. Veja mais.
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IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) divulgou hoje (24) uma pesquisa global realizada entre os meses de abril e maio ​​de 2019, a ‘Music Listening 2019’, que explorou a maneira como os consumidores se envolvem e acessam música em serviços licenciados e não licenciados.

O trabalho de campo questionou uma amostra demográfica da população on-line entre 16 e 64 anos nos seguintes territórios: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá,França, Alemanha, Itália, Japão, México, Holanda ,Nova Zelândia, Polônia, Rússia, África do Sul, Coréia do Sul,Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.

O estudo também foi realizado na China e na Índia, mas os resultados destes dois países não estão incluídos na análise “global”. Esses 21 territórios representaram 92,6% das receitas globais do mercado de música gravada em 2018, de acordo com o Global Music Report 2019 da IFPI, clique aqui para ver a análise desse relatório divulgada pelo Mundo da Música.

No total, 34.000 internautas foram entrevistados com maior número de entrevistados para os mercados maiores. Amostras das cotas nacionalmente representativas entre 1.000-3.000 entrevistados foram definidos de acordo com o tamanho da população on-line e estrutura demográfica, determinados pelos últimos dados censitários respectivos em cada território.

Isso garantiu que um erro padrão de mais ou menos 3% fosse alcançado ao longo dos dados, com um nível de confiança de 95%. O desenho, construção e análise do estudo foram conduzidospelo IFPI com trabalho de campo organizado pela AudienceNet.

Clique aqui para ver o relatório completo.

 

Consumo Musical 2019 – IFPI

De acordo com o relatório, os consumidores normalmente passam 18 horas por semana ouvindo música – número em crescimento em comparação com às 17,8 horas em 2018. Isso equivale a cerca de 2,6 horas – ou o equivalente a ouvir 52 músicas de três minutos – diariamente.

A maioria das pessoas (54%) se identifica como ‘apaixonado’ ou sendo ‘fanática’ por música. Entre 16 e 24 anos, isso aumenta para 63%.

Os sêniors, grupos com pessoas com mais idade, adotam cada vez mais serviços de streaming de áudio.

O envolvimento com o streaming de áudio em todo o mundo é forte, com 64% de todos os entrevistados acessando um serviço de streaming de música no mês passado – um aumento de cerca de 7% em relação a 2018.

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Foto: Imagem Resumo dos destaques do relatório sobre o consumo musical em 2019 da IFPI | Crédito: IFPI

 

A maior taxa de crescimento do envolvimento está na faixa etária de 35 a 64 anos: 54% desse grupo acessando pelo menos um serviço de streaming de música no mês passado (+ 8% em relação a 2018).

A violação de direitos autorais continua sendo um desafio para o ecossistema musical: 27% de todos os pesquisados ​​usaram métodos não licenciados para ouvir ou obter música no mês passado, enquanto 23% usaram serviços ilegais de extração de streams- a principal forma de pirataria na atualidade.

Frances Moore, CEO da IFPI, disse: “O relatório deste ano conta uma história emocionante de como os fãs estão se envolvendo cada vez mais com a música. Em um momento em que várias formas de mídia disputam a atenção dos fãs, eles não apenas optam por passar mais tempo ouvindo – e se envolvendo com – música, mas estão fazendo isso de maneiras cada vez mais diversas.

“A parceria duradoura entre gravadoras e artistas é a base sobre a qual esse mundo global crescente e emocionante de ouvintes apaixonados é construído. As gravadoras trabalham com seus artistas para ajudar a conectá-los com fãs de todo o mundo.

“O relatório também destaca que a disponibilidade de música por métodos não licenciados ou violação de direitos autorais continua sendo uma ameaça real ao ecossistema musical.

Práticas como extrair stream ainda são predominantes e não devolvem nada para quem cria e investe em música. Continuamos a coordenar ações em todo o mundo para resolver isso”, diz.

Para ver o relatório completo, acesse aqui.