A Geração Z, formada por jovens nascidos entre 1997 e 2012, está redefinindo prioridades e comportamentos culturais, segundo o estudo “Love Song”, realizado pela Connect by Live Nation na Austrália e Nova Zelândia.
A pesquisa, que ouviu 2.686 jovens entre 16 e 27 anos, mostra que essa geração está abandonando os planos de vida tradicionais, como casamento, compra de casa e estabilidade financeira, para focar em viver o presente, buscar felicidade e fortalecer conexões pessoais.
A música surge como um pilar central na vida da Gen Z, com 89% dos entrevistados afirmando que ela é parte essencial de quem são. Além disso, 70% frequentam eventos musicais ao vivo pelo menos uma vez por mês, reflexo de um aumento de 79% nas vendas de ingressos na região em 2023, segundo a Live Nation. 25% expressam confiança em marcas, com 58,2% citando transparência como o atributo mais importante para construir confiança.
Música e experiências reais como prioridade
O estudo destaca que a Geração Z está mais focada em experiências do que em posses materiais. Enquanto 90% preferem gastar dinheiro com vivências em vez de bens, 66% economizam para viagens ou eventos em vez de investir em ativos de longo prazo, como imóveis ou carros.
Essa mentalidade é reforçada pela incerteza em relação ao futuro: mais da metade dos jovens não se surpreenderia se o mundo acabasse durante sua vida, o que os leva a valorizar o presente.
Kristy Rosser, vice-presidente sênior de Marketing e Serviços ao Cliente da Live Nation ANZ, explica:
“Nosso estudo anual ‘Love Song’ fornece insights valiosos sobre a Gen Z, a maior geração do mundo, que está continuamente sendo moldada por eventos globais e pela economia. Houve uma mudança significativa nas prioridades ao comparar a Gen Z com gerações anteriores. O ‘Love Song’ ajuda as marcas a se manterem atualizadas com as tendências e a entender e se conectar com a cultura, valores e paixões da Gen Z.”
Autenticidade e conexões reais em alta com a Geração Z
A busca por autenticidade é outro destaque do estudo. Para 87% dos jovens, ser autêntico é mais importante do que ser “descolado”. Além disso, 83% preferem experiências reais em vez de digitais, com 87% buscando conexões presenciais mais do que nunca. Essa tendência se reflete no consumo de conteúdo: 78% dos entrevistados preferem compartilhar atualizações de vida em chats privados em vez de postagens públicas, e criadores do TikTok são mais confiáveis (36%) do que influenciadores do Instagram (26%).
Outro dado que chama atenção é o fato de que 93,5% são atraídos por nostalgia, buscando conforto e conexão em uma era que não viveram. Além disso, 95% afirmam que o “dopamine dressing” – tendência de se vestir para elevar o humor – está em alta, assim como a música country, ouvida regularmente por mais de um quarto da Gen Z. 67% se classificam como ‘superfans’ em diversos gêneros musicais, incluindo ainda pop asiático e musicais.
Marcas e experiências imersivas
A pesquisa também aponta que as marcas têm espaço na vida da Geração Z, desde que ofereçam suporte funcional e experiências autênticas. Acesso a ingressos em pré-venda, estações de carregamento de celulares e iniciativas sustentáveis são bem-vindas em eventos ao vivo, desde que promovam conexões genuínas e melhorem a atmosfera cultural.
O estudo “Love Song” reforça que a Gen Z está redefinindo o conceito de sucesso e felicidade, priorizando conexões reais, autenticidade e experiências memoráveis. Para marcas e profissionais da indústria da música, entender essas tendências é essencial para criar estratégias que ressoem com essa geração.
