A TV Cultura abriu um novo ciclo ao reunir, no Solar Fábio Prado, representantes da Fundação Padre Anchieta, profissionais da cultura e parceiros do mercado para apresentar sua diretoria, o atual posicionamento institucional e os primeiros passos da programação de 2026. A emissora reforçou que a reorganização interna, iniciada neste semestre, vem guiando ajustes na grade e decisões estratégicas que aumentam o diálogo com diferentes públicos.
O encontro também funcionou como um painel sobre iniciativas recentes da emissora e sobre como a TV Cultura pretende se preparar para os próximos anos. A volta de programas históricos, a expansão de conteúdos musicais e a chegada da TV 3.0 foram pontos centrais das conversas que marcaram o evento.
Nova gestão e reposicionamento institucional
A presidente da Fundação Padre Anchieta, Maria Angela de Jesus, abriu o encontro com um balanço dos primeiros seis meses de gestão. Ela destacou prêmios recebidos pela emissora, como o Ouro do GEMA Awards Latin America 2025 para a campanha “Somos Cultura”, além do novo posicionamento já percebido na grade.
“A emissora ganha um novo vigor, a partir de uma grade mais horizontal e identificável para o público, que já tem sido implementada. Isso é fundamental para manter o telespectador atento ao canal, à espera de seu programa preferido, ao contrário de uma programação com muitas variações de atrações e horários (…) Para marcar as transformações, foi criada a marca ‘Somos Cultura’, já no ar. Ela serve tanto para os nossos colaboradores, quanto para o público, que já tem nos enviado mensagens citando ‘Somos Cultura’.”
Ao abordar a transição para a TV 3.0, a presidente apresentou o Núcleo de Inovação, criado para desenvolver formatos alinhados a essa nova etapa tecnológica. O objetivo é preparar profissionais e conteúdos para um ambiente em que a experiência do público se torna mais interativa.
“Essa é uma transformação imensa e que nos abre inúmeras possibilidades. Nesse novo cenário, o telespectador se torna um tele-participante, tendo em suas mãos os recursos da internet dentro dos seus canais de TV aberta.”
Programação atualizada e retorno de clássicos

A vice-presidente Beth Carmona detalhou mudanças que já chegaram à programação, entre elas a nova fase do “Antimatéria”, agora ao vivo, e o já clássico “Metrópolis”, que ganhou mais tempo no ar. Ela também mencionou a entrada de novas séries e documentários, em um movimento que aumenta o espaço para produções culturais em diferentes formatos.
Beth antecipou parte da grade de 2026, confirmando o retorno de “Bem Brasil”, ao vivo, e de “Vitrine”, dois programas que ocupam lugar especial na memória da TV Cultura. A emissora também prepara uma nova etapa para o “Quintal da Cultura”, que passará a gravar no interior de São Paulo, fortalecendo a conexão com diferentes regiões do estado.
“A principal mensagem é uma TV viva. Uma TV pública cumprindo sua missão. Fazendo com que nossa tela passe todos os nomes e as pessoas que fazem a arte, a cultura e a educação nesse país.”
Entre as comemorações previstas para o próximo ano estão os 40 anos do “Roda Viva”; a estreia de um documentário sobre os 80 anos de Roberto Rivellino; e a chegada de Rita Lisauskas ao “Jornal da Cultura”, no dia 29 de dezembro.
Parcerias, sustentabilidade e relação com o público

A presidente do Conselho Curador, Neca Setubal, destacou a importância de consolidar e desenvolver relações institucionais nessa nova fase da TV Cultura.
“A gente tem que abrir novos parceiros, novas portas, mas também a gente tem parceiros que podem ser institucionais, que também é muito importante.”
Para a diretora Comercial, Marketing e Digital, Isabel Borba, o plano de gestão também depende de fortalecer a percepção externa da emissora. Ela ressaltou o desejo de ampliar o envolvimento do mercado e estimular novas formas de colaboração.
“Eu quero que todos saiam com um questionamento de ‘eu conheço, de fato, a Cultura?’ e ‘como posso contribuir?’. Eu acho que essa é a grande diferença. E contribuir de forma significativa para o crescimento e para a manutenção, porque a Cultura é um patrimônio cultural.”
O reforço da presença da música na programação aparece como um dos pilares do plano apresentado pela TV Cultura. O retorno de “Bem Brasil” e “Vitrine” indica uma aposta em formatos que valorizam artistas, memórias e cenas culturais diversas. Ao lado de documentários, programas ao vivo e séries em desenvolvimento, esses movimentos compõem a próxima fase da emissora, que combina tradição, renovação e uma grade mais previsível para o público.
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