O que os sintetizadores que marcaram a produção musical dos anos 80 têm a ver com violinos, violas ou violoncelos? Se depender da Orquestra Ouro Preto (OOP), tudo. Para a temporada de 2021, a orquestra inova uma vez mais e faz uma mistura inédita entre música clássica e os riffs oitentistas do grupo norueguês A-Ha já no primeiro concerto, marcado para este sábado, dia 1º de maio, com transmissão ao vivo direto do Grande Teatro do Sesc Palladium (Belo Horizonte/MG).
Fãs do mundo todo irão celebrar os sucessos da banda, em releituras que unem o pop à música de concerto em uma noite idealizada pelo Maestro Rodrigo Toffolo e com arranjos de Fred Natalino. A transmissão começa às 20h30, ao vivo e gratuita, no canal da Orquestra no YouTube.
“Por que não tocar A-Ha? Essa banda marcou a história de uma geração que curtiu a vida a todo o vapor, sem telefone celular, sem redes sociais, mas com muita música, cores, personalidade e estilo. Queremos tocar a memória afetiva das pessoas, num clamor pelos bons momentos que ficaram para trás. Além disso é importante homenagear não só o sucesso avassalador feito pelo trio como também fazer justiça a algo que é muito pouco falado: a extrema qualidade musical do grupo”, destaca Toffolo, antecipando a um possível estranhamento pela escolha da banda.
O tecladista Paulim Sartori explica que foi um desafio montar o concerto por não ser comum uma orquestra de cordas ser acompanhada pelo som de sintetizadores. “Nossa proposta é resgatar os sons que compõem o universo sonoro do A-Ha, característico desse repertório dos anos 80, tocando os sintetizadores ao vivo para transportar a memória das pessoas através da música”, disse.
Com 39 anos de estrada, o A-Ha ainda arrasta multidões de fãs por onde passa e segue com a formação original: o vocalista Morten Harket, o guitarrista Paul Waaktaar-Savoy e o tecladista Magne Furuholmen.
O trio tinha uma turnê prevista para o Brasil este ano, mas por conta da pandemia do Covid-19, foi reagendada para 2022. As datas ainda não foram anunciadas, mas os locais das apresentações estão mantidos: Arena Fonte Nova, em Salvador; no Expominas de Belo Horizonte; na Jeunesse Arena do Rio de Janeiro; Espaço das Américas em São Paulo; e no Teatro Positivo de Curitiba.