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Ecad: distribuição de direitos autorais cresce 31% e supera R$ 817 milhões no 1º semestre de 2024

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Redação

O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) distribuiu um total de R$ 817,6 milhões em direitos autorais para mais de 315 mil compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos no primeiro semestre de 2024. Esse valor representou um crescimento de 31% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Os resultados de janeiro a junho deste ano também apontam que os segmentos relacionados à música no audiovisual impulsionaram a distribuição dos rendimentos em direitos autorais de execução pública. Do total distribuído, aproximadamente 47% foram provenientes dos segmentos de TV’s aberta e fechada (29%), Streaming de Vídeo (14%) e Cinema (4%).

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“Os nossos resultados apontam a relevância do audiovisual, que é um mercado em que o consumo digital via streaming cresce com as novas produções cinematográficas e chegada de novas plataformas de vídeo e áudio. Ele tem sido de fundamental importância para quem vive da música. Com empenho de nossas equipes, avançamos nas negociações de contratos e do pagamento dos direitos conexos para remunerar intérpretes, músicos e produtores fonográficos, além do direito de autor. Tanto que tivemos as primeiras distribuições de direitos autorais da Apple TV e do Kwai neste primeiro semestre, com os acordos de direitos conexos, o que mostra que estamos no caminho certo. Mas ainda temos muito a avançar porque não são todas as empresas e plataformas digitais que reconhecem os direitos conexos”, destaca a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim.

Isabel Amorim, Superintendente Executiva do Ecad
Isabel Amorim, Superintendente Executiva do Ecad. Foto: Divulgação/Ecad

Outros segmentos também tiveram participação relevante nos resultados do Ecad no primeiro semestre deste ano, como Rádio (16%), Shows (13%) e Streaming de Áudio (11%).

Dos valores distribuídos em direitos autorais de janeiro a junho, 78% foram destinados aos detentores de direito autoral (compositores e editores) e 22% para os direitos conexos (intérpretes, músicos e produtores fonográficos). Os compositores e artistas nacionais receberam aproximadamente 75% dos valores distribuídos, enquanto os estrangeiros receberam 25%.

Na divisão por categorias de titulares de música nacionais e estrangeiros, aproximadamente 50% dos valores foram destinados a autores, 28% foram repassados a editores, 10% para produtores fonográficos, outros 10% para intérpretes e 2% foram para músicos.

Ecad: mercado de shows e campanha de patrocinadores

De acordo com o Ecad, nos primeiros meses de 2024, a instituição distribuiu mais de R$ 107 milhões em direitos autorais no segmento de Shows a compositores, o que representou um crescimento de 22% em comparação a 2023. Mas, avaliando o número de shows processados pelo Ecad este ano, que corresponde aos eventos em que os promotores entregaram os roteiros musicais, é possível constatar que houve uma queda de 27% na movimentação desse mercado. De janeiro a junho de 2024, foram processados 14.596 shows realizados no país, enquanto em 2023 foram 19.951 shows.

O mercado de shows é fundamental para quem vive da música, principalmente, para os autores que têm suas músicas tocadas em eventos e festivais no país. Para eles, essa é uma forma de receber por suas criações musicais, já que nem sempre sobem aos palcos e, por isso, não recebem o cachê musical, que é destinado às apresentações musicais de artistas e bandas.

Em apoio à classe artística, o Ecad intensifica este ano sua campanha voltada para empresas patrocinadoras de festivais. O objetivo é conscientizar as empresas de que associar a sua marca a um festival ou evento, que é inadimplente com os direitos autorais de música, pode impactar negativamente em sua reputação.

O nosso objetivo é convidar as marcas para que reforcem o compromisso com a responsabilidade social e com o alto investimento que fazem na música. Como as empresas procuram estar sempre alinhadas e comprometidas aos princípios ESG, é importante que verifiquem se os eventos que patrocinam cumprem com a legislação brasileira, que dá aos compositores e artistas o direito de receber por suas criações musicais.”, completou Isabel Amorim, citando a Lei dos Direitos Autorais (9.610/98).

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Foto: Unsplash

Ecad conquista a certificação Great Place to Work

Em tempo, o Ecad recebeu, pela 16ª vez, a certificação do Great Place to Work, consultoria global especializada em diagnóstico e transformação da cultura organizacional que reconhece as instituições que são apontadas como um ótimo lugar para trabalhar.

A entidade foi novamente reconhecida como uma das melhores empresas para trabalhar no Rio de Janeiro e, este ano, ficou em 10º lugar entre as 50 melhores que possuem sede no estado, garantindo a posição conquistada no ano passado.

Desde 2009, o Ecad recebe esse prêmio e já foi também, por duas vezes, uma das melhores do Brasil. A certificação é concedida às entidades por meio de uma pesquisa interna, realizada anualmente, com participação de seus colaboradores sobre a percepção de cada um deles sobre o nível de confiança no ambiente de trabalho e as práticas de gestão de pessoas promovidas ao longo do ano.

Nos últimos anos, o Ecad vem apostando em práticas e ações que valorizam seus profissionais e contribuem para o bem-estar de todos. Entre os seus principais pilares, a instituição investe no chamado “RRT”, simbolizando Resultado, Reconhecimento e Transparência.