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Brasil: o país da bossa nova, samba, funk, sertanejo e do “Educar é preciso”

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Redação
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A indústria musical brasileira com seus milhares de sons e ritmos atrai uma infinidade de olhares no globo – às vezes apenas curiosos –  mas também, especuladores afinal hoje somos o 10º no ranking mundial.

O quão preparados estamos?

_ Pouco.

O quanto precisamos de apoio?

_ Muito.

Tem solução?

_ Sim.

Qual?

_ Amar, investir e educar.

Quando abre uma vaga de trabalho na música, fatalmente está escrito como requisito necessário: “ser apaixonado por música”, isso é gostar de música?

Também, mas mais do que gostar é: acreditar na evolução e crescimento da indústria musical.

Hoje, com exceção das grandes empresas e/ou internacionais, somos carentes de tudo: da informação certa, de profissionais realmente capacitados, de sistemas de processamento de dados, de relatórios de pagamento compreensíveis e se falar em contabilidade, pagamento de tributos, demonstração do resultado de exercício (DRE), nota fiscal X nota de débito, chega a ser assustador; lembrando que boa parte do mercado independente, que hoje ocupa uma larga fatia do mercado, tem pouca ou quase nenhuma estrutura.

E os grandes “players” (perdoem o estrangeirismo) são grandes empresas de tecnologia, como explicar que em grande parte da indústria termos como DDEX, CSV, CWR, CTA – afinal a linguagem não pode servir como exclusão, mas sim, como ferramenta de inclusão e conexão como eu aprendi recentemente com uma grande colega do mercado – seriam quase um xingamento?

 

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Então, de fato, não estamos totalmente preparados e além disso estamos em uma transformação tecnológica que traz novos “players” (de novo, perdoem o estrangeirismo) a todo o tempo, TikTok, Twitch, Triller, Resso, ôpa, chegamos no “Social Music”, estamos prontos?

Para consumir, sim, sem sombra de dúvidas. E para processar e remunerar?

Queria um emoji pensante aqui por vários motivos, ma,s como não posso deixar de tocar nesse assunto respondo com uma frase que escutei de um brilhante advogado “o direito autoral vem a reboque da tecnologia”.

E por falar nisso, parem de criar mais problemas para a classe autoral além do que a Covid já trouxe mas, esse assunto deixo para os colunistas especialistas no assunto, Daniel Campello e Flavia Tendler.

Por fim, nesse momento penso nos meus vários colegas da indústria que amam o que fazem, não se cansam de ensinar, colaborar, pesquisar, amar, investir e educar.

Por essas e outras acredito no futuro promissor do mercado.

Recentemente, num dia exaustivo em meio à pandemia, escutei de um cliente: “não desista de nos ensinar”.

Jamais, aprendo com isso todos os dias!

Até breve.

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Cris Garcia Falcão é executiva da Indústria Musical há mais de 15 anos. Atualmente é Diretora Administrativa da Ingrooves Music Group Brasil.