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Análise: os principais interesses do mercado da música ao longo da pandemia

O Mundo da Música observou alguns dos assuntos mais populares desse período de isolamento social, com base na tendência das pesquisas dos termos através do Google Trends, com análise até o dia de 19 de julho, contabilizando 130 dias.
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Redação

Em meio ao cenário sem precendentes a partir do início da pandemia, o Mercado da Música se reiventou rapidamente e ao longo de mais de 4 meses, desde o anúncio oficial da OMS, no dia 11 de março; novos termos e práticas passaram a popularizar a indústria.

Alguns termos como “Live” e “Drive-in” passaram a ter tradução simultânea, enquanto o digital ganhou protagonismo unânime com a impossibilidade dos shows ao vivo.

Ao longo desse período, a Indústria Musical passou por inúmeros fenômenos: mudança de rotina e a queda no consumo do streaming no início da pandemia, festivais online pelo Instagram no Brasil, recordes e grandes estruturas de lives no YouTube, início da popularidade do Twitch, a força inegável do TikTok, clipes colaborativos com fãs, surgimento de aplicativos para lives, entre outros.

Analisando esses aspectos, o Mundo da Música observou alguns dos assuntos mais populares desse período de isolamento social, com base na tendência das pesquisas dos termos através do Google Trends, com análise até o dia de 19 de julho, contabilizando 130 dias.

Drive-in

Popularizado a partir das medidas de flexibilização do isolamento social, o Drive-in é uma alternativa para shows ao vivo que têm ganhado mais adeptos e shows a partir de junho.

O Google Trends aponta um pico no dia 12 de junho e uma média de crescimento superior ao período anterior.

GT 1Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

As buscas por “Drive-in” são mais populares no Distrito Federal, seguido pelos estados da Região Sudeste e Sul.

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Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

Plataformas Populares: Twitch e TikTok

Duas plataformas ganharam protagonismo durante o período da quarentena: Twitch e o TikTok. A Twich que é uma plataforma da Amazon, já era popular para os usuários de games. Em escala global, com a possibilidade de acesso amplo e ganhos financeiros a partir dos conteúdos que são realizados, a Twitch começou a ser utilizada por profissionais da Indústria da Música.

No Brasil, temos os cases da cantora Pitty, Laboratório Fantasma TV, Russopassapusso (Baiana System) e mais recente, o evento da Ingrooves Brasil em parceria com a Bandsintown.

A Twitch teve um pico no dia 21 de junho e permanece, atualmente, com uma média alta de buscas.

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Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

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Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

Já o TikTok vinha em uma vertical de crescimento constante nos últimos meses, aumentando a popularidade ainda mais durante o isolamento social.

A plataforma teve dois picos durante esse período, no dia 11 de abril e outro, no dia 12 de julho.

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Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

Live

O mercado musical presenciou o boom das Lives e mesmo com a natural queda da popularidade de outrora do formato, as Lives continuam atraindo muitos espectadores e devem permanecer diante do cenário incerto na quarentena.

Sobre esse período, os formatos foram diversificados, com profissionalização maior, entrada das marcas e veículos offline,  por exemplo; e a tendência é que os diálogos com a audiência, por meio da live, sejam ainda mais interativos.

Apenas o termo “Live” nas buscas, oscila em ondas decrescentes.

GT 6Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

Assim como o termo “Live de hoje” buscado para procurar a agenda de lives do dia que aconteciam, principalmente, no YouTube.

GT 7Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

Se as Lives não eram tão comuns anteriormente, os termos de pesquisa para “Como transmitir uma live” também passaram por uma onda nesse período, caindo com o passar dos meses.

GT 8Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

Rádio Online

Uma das vertentes do consumo de áudio, como as buscas por “Rádio Online” reagiram nesse período? Com um pico no início da quarentena, no dia 13 de março, as buscas por “Rádio Online” possuem uma média boa, entre 50 e 75, na avaliação do Google Trends.

No último final de semana, dia 18 de julho, a pesquisa teve um aumento, que pode configurar uma tendência para esse período.

GT 9Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

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Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

Podcast

Com um pico no dia 26 de maio, as buscas por “Podcast” permanecem altas e no período entre junho e julho, teve uma média entre 75 e 100, nos parâmetros do Google Trends.

GT 11Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

CD

Popularidade das músicas antigas foram umas das tendências do período da quarentena. O movimento “nostálgico” para relembrar bons tempos, também refletiu nas buscas sobre “comprar CD” e “leitor de CD”, tendo em vista que grande parte dos dispositivos não possuem leitor acoplado.

O termo “comprar CD” teve um pico no dia 1º de maio e os estados que lideram as buscas são: Rio Grande do Norte, São Paulo e Bahia. Para saber mais sobre a nostagia na música, clique aqui.

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Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

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Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

Enquanto que o termo “Leitor de CD” também aumentou o número de buscas no início da quarentena e no mês de maio e teve uma queda, apontando para uma estabilidade do termo atualmente.

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Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

Smart Speaker

Popularizando a “escuta em conjunto” os Smart Speakers também aumentaram a popularidade durante o período em casa. Saiba mais sobre tendências apontadas pelo Spotify sobre esse assunto, clicando aqui.

Os aparelhos foram mais buscados entre os meses de junho e julho.

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Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

Clipe

Com o isolamento social, muitos clipes foram feitos de forma remota: com colaboração dos fãs, gravados em casa ou utilizando outras estratégias, como os Lyric Videos ou em Animação.

O Mundo da Música analisou a busca por “Lyric Video” que, durante a quarentena, ficou concentrada na Região Sudeste e também por “Clipe em Desenho”.

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Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

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Fonte: Google Trends, análise de tendência de termos de pesquisa entre 11 de março a 19 de julho de 2020.

 

O “Clipe em Desenho” tem sido uma tendência nas produções, tanto nacionais quanto internacionais, principalmente entre os meses de junho e julho, que corresponde ao período do aumento da recorrência.

 

Insights

Em cenário imprevisível para a volta dos shows ao vivo, as tendências apontam para uma vida útil relativamente curta dos fenômenos, que oscilam de acordo com cada período de avanço da pandemia.

Interessante observar o interesse em veículos offline, como rádio e TV ou que possuam uma curadoria própria, como as Rádios Online.

Com a Twitch e o próprio YouTube, os artistas podem criar seus próprios veículos de comunicação audiovisual, estreitando os laços com fãs e criando programas de interatividade e benefícios.

Apesar dos fenômenos vigentes, como o TikTok, por exemplo, a forma de conexão verdadeira alinhando a essência artística com o público-alvo que deve ser priorizada.

As Lives seguirão em novos formatos, parcerias e estruturas que respeitem as orientações da OMS.