Que Ivete Sangalo possui uma parceria longínqua com a Universal Music já é sabido pelo mercado, mas agora, com o lançamento do Selo IESSI Music, a empresa ganhará um novo formato com a major assumindo apenas a parte da distribuição musical. Em entrevista exclusiva ao POPline.Biz é Mundo da Música, Fábio Almeida, sócio da empresa ao lado da artista e da Cynthia Sangalo (irmã de Ivete), contou detalhes sobre como surgiu a ideia desse novo formato e da criação do Selo.
Leia mais:
- Ivete Sangalo lança álbum da série “Onda Boa” recheado de feats!
- Pabllo Vittar e Ivete Sangalo liberam performance ao vivo de “Lovezinho”
- Entrevista: Ivete Sangalo comemora sucesso do “Onda Boa” e avalia segunda temporada
“Acho importante começar citando que nossa saída da Universal não deu por nenhuma briga ou insatisfação, por toda carreira de Ivete tivemos a Universal Music como nossa parceira, correndo junto com a gente. O primeiro disco de Ivete foi Sony Music, então a Universal, na época Poligram, comprou os direitos, daí então todos os fonogramas de Ivete são da Universal, exceto alguns projetos especiais”, revela Fábio.
Ele conta que a Universal Music investiu e foi parceira em projetos como o DVD do Maracanã – que na época foi o DVD mais vendido do mundo pela Universal. “A gente fez coisas juntos muito interessantes, como a Fonte Nova, o Madison, o Acústico, e outros tantos. Então, antes de mais nada eu queria dar esse peso à nossa parceria”, esclarece.
“A nossa empresa, nosso CNPJ já existe enquanto selo desde 2005. Talvez a gente tenha sido um dos primeiros, lá atrás. Tinha o nome de Caco Music e chagamos a lançar com alguns artistas, como o Harmonia do Samba. Mas, por nossa excelente relação com a Universal, a gente optou por manter a parceria com eles. E essa parceria não se desfaz, por exemplo no Projeto da HBO que é da Iessi Music Label, eu chamei a Universal, que é parceira nesse projeto. O que inverte é a ordem”.
“Sempre acreditei muito nas parcerias. Fidelizar as parcerias com gravadoras, com labels, com selos, com tudo. Agora, com o artista sempre na condução do seu material. Nos últimos dois anos a gente vem conversando, é uma decisão amadurecida com a Universal, não é um abandono de forma alguma”, completa Fábio.
Segundo o empresário, as parcerias serão pontuais, ou seja, tudo que Ivete produzir, projetos próprios, de terceiros ou participações, será feito com Universal por pré-requisito. “O que teremos aqui é um acordo de parceria que, tanto a Universal nos trará projeto envolvendo ou não Ivete, bem como a Iessi, levará projetos sempre buscando o melhor para cada artista e projeto de carreira, as empresas podem ou não achar um formato juntas, elas se comportarão como independentes entre si”.
“É um amadurecimento da relação! Somos antes de mais nada amigos e o carinho e respeito perpetuará!”, destaca.
Vale destacar que a Caco Music Publishing também vai mudar de nome para Iessi Music Publishing.
Modelo de gestão
Atualmente no mercado, existem diversos modelos de gestão envolvendo um Selo, como em um formato 360º gerenciando, até mesmo, a parte da produção musical ou mais direcionado ao Marketing, por exemplo. Questionado de como será o modelo de gestão do Selo, Fábio explica:
“Hoje, o fonograma sendo produzido, ele é de Ivete e nós temos a independência de fazer um negócio com quem for, com quem tiver mais atual. A interação com os artistas de feat. será direta, sem esses steps com a gravadora. Então, basicamente o que o selo pretende é fazer projetos especiais, projetos relacionados à música baiana, projetos relacionados à música brasileira que não apenas Ivete”, conta.
De acordo com Fábio, o modelo será: “cada artista é sócio do seu fonograma, muitas vezes produzimos e gerimos, outras só produzimos, outras formatamos, idealizamos, produzimos e gerimos…o formato é flexível, respeitando cada momento de cada artista!”
Outros artistas poderão fazer parte enquanto parceria e principalmente outros projetos. “A gente acredita muito em outros projetos, projetos musicais que englobem até mais de um artista. Que é uma forma que se tem de botar no mercado carreiras. Ao invés de vários singles de vários artistas, ou o oposto DVDs que é uma mídia que já não suporta mais, né?! Produzir em parceria com plataformas de streaming, com canais de TV com plataformas digitais. A gente produzir outros artistas pra lançar no mercado. Sim esse é um plano também do selo”, finaliza.