Shazam atinge 100 bilhões de músicas reconhecidas

O aplicativo de reconhecimento musical chega a um marco expressivo e destaca mudanças nos hábitos de consumo de música.
Picture of Nathália Pandeló
Nathália Pandeló
Shazam

O Shazam, serviço de identificação de músicas adquirido pela Apple em 2018, alcançou a marca de 100 bilhões de canções reconhecidas desde sua criação em 2002. O número reflete as mudanças no modo como os ouvintes descobrem músicas e na forma como o mercado musical se adapta às tecnologias digitais.

O número impressiona: é como se cada habitante da Terra tivesse identificado 12 músicas. Ao mesmo tempo, uma pessoa precisaria “dar um Shazam” a cada segundo, por 3168 anos, para chegar a 100 bilhões. Como forma de comparação, o hit de Benson Boone, “Beautiful Things”, chegou a 10 milhões de reconhecimentos em 178 dias este ano. Nesse ritmo, seriam necessários 4800 anos para chegar a 100 bilhões.

Antes do Shazam, identificar uma música era um desafio. Muitas vezes, era necessário ouvir a rádio por horas na esperança de o locutor mencionar o nome da canção, ou buscar trechos de letras no Google. O aplicativo trouxe uma solução direta, permitindo que usuários identificassem músicas em segundos e acessassem plataformas de streaming para ouvi-las.

Shazam

Transformação e adaptação tecnológica

Desde sua criação como um serviço de SMS no Reino Unido, o Shazam acompanhou a evolução tecnológica. O lançamento no App Store, em 2008, foi um momento chave para popularizar o reconhecimento musical. A integração ao ecossistema Apple trouxe funcionalidades como identificação automática em aplicativos como TikTok e YouTube e ferramentas para relógios inteligentes.

Além de facilitar a busca por músicas, o Shazam tem acompanhado tendências que refletem o impacto cultural de canções em momentos marcantes. Durante os Jogos Olímpicos de Paris, por exemplo, a música “Nightcall”, de Kavinsky, foi a mais identificada em um único minuto, mostrando a relevância do aplicativo para captar preferências instantâneas do público.

Com uma base de 300 milhões de usuários mensais, o Shazam também ajuda artistas a ganhar visibilidade. Em 2023, o recurso de recomendação de shows foi integrado ao aplicativo, utilizando o histórico de buscas para sugerir eventos musicais, conectando usuários diretamente ao mercado de performances ao vivo.

Marcos e novas perspectivas

Com uma média de 2,6 bilhões de identificações mensais nos últimos dois anos, o Shazam continua sendo uma ferramenta útil tanto para consumidores quanto para a indústria musical. Segundo Oliver Schusser, vice-presidente da Apple Music e Beats, o foco continua sendo oferecer soluções que acompanhem os novos hábitos de consumo.

“A descoberta musical está no centro de tudo o que fazemos, e continuamos inovando para garantir que os amantes da música em todo o mundo possam tocar no botão Shazam, não importa onde ouçam a música tocando!”

O número de músicas reconhecidas destaca como ferramentas tecnológicas influenciam a relação entre ouvintes e artistas. Com a música cada vez mais integrada a ambientes públicos, de shoppings a supermercados, certamente a marca de 100 bilhões não vai parar por aí.