Inner Circle revela como festivais de música se tornam cenários para conexões espontâneas

Pesquisa exclusiva do Inner Circle mostra que 75% dos frequentadores de eventos musicais veem esses espaços como ideais para paquera, mas apenas 30% já marcaram encontros.
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Nathália Pandeló
Casal em festival - Crédito Chinh De Luc
Casal em festival (Crédito: Chinh De Luc)

Com a temporada de festivais se aproximando e às vésperas do Lollapalooza Brasil, o aplicativo Inner Circle divulgou um estudo inédito sobre os hábitos de seus usuários em shows e eventos musicais. 

A pesquisa, realizada com 998 respondentes, revela que a combinação de música, descontração e experiências compartilhadas transforma esses ambientes em potenciais cenários para novas conexões – mesmo que nem sempre isso se concretize.

O levantamento reforça a tese de que festivais não são apenas espaços de entretenimento, mas também ambientes sociais onde relações podem surgir de forma orgânica. Os dados mostram, no entanto, que há uma diferença significativa entre a disposição das pessoas em conhecer outras e a efetivação desses encontros.

Perfil do público: adultos do Sudeste dominam os festivais

A maioria dos entrevistados pelo Inner Circle (65,6%) está na faixa dos 31 aos 50 anos, indicando que os grandes festivais atraem um público maduro, com poder aquisitivo para investir em experiências musicais. 

Jovens entre 21 e 30 anos representam 21,3%, enquanto menores de 20 anos são apenas 0,7% – um sinal de que eventos desse porte podem ter barreiras de custo ou acesso para adolescentes.

Em termos de identidade de gênero, a divisão é equilibrada: 50,9% se identificam como homens cis e 46,2% como mulheres cis. Outras identidades, como não-binários (0,2%) e pessoas trans (0,1%), têm representação mínima na amostra. 

Geograficamente, o Sudeste concentra 67,3% dos respondentes, seguido pelo Sul (14,8%) e Centro-Oeste (10,9%). Nordeste (4,9%) e Norte (2%) aparecem com menor participação, possivelmente por questões logísticas e oferta mais restrita de eventos grandes.

Festivais como espaços de socialização: abertura existe, mas ação ainda é limitada

Inner Circle

A pesquisa do Inner Circle confirma que festivais são vistos como ambientes propícios para paquera: 75,8% dos entrevistados acreditam que esses eventos são ideais para marcar encontros. A atmosfera descontraída e as experiências compartilhadas facilitam a quebra de barreiras iniciais, criando um terreno fértil para interações espontâneas.

No entanto, apenas 29,7% afirmam já ter marcado encontros nesses contextos. A disparidade sugere que, embora haja interesse, muitos ainda não transformam a oportunidade em ação. 

Um dado que pode explicar essa lacuna é o fato de 88,4% dos respondentes declararem estar abertos a conhecer pessoas sem necessidade de um match prévio em aplicativos – ou seja, a interação ao vivo ainda depende de outros fatores.

Quando questionados sobre o que mais atrai em possíveis pares, os critérios se dividem entre conversa (31,8%), beleza (31,2%) e afinidades (25,2%). O visual (look) tem peso menor (9,3%), indicando que, em ambientes dinâmicos como festivais, a comunicação e a conexão imediata são mais decisivas do que a aparência isolada.

Viagens e preferências: Lollapalooza lidera, mas The Town ganha força

Outro destaque da pesquisa do Inner Circle é o perfil móvel do público: 63,3% dos entrevistados já viajaram para assistir a shows ou festivais, reforçando o caráter turístico desses eventos. Entre os próximos festivais mais aguardados, o Lollapalooza Brasil (63,9%) aparece como o principal, seguido por The Town (34,1%) – este último, em apenas sua segunda edição, já se consolida como um dos favoritos.

Festivais como João Rock (10,4%) e C6 Fest (8,6%), têm adesão mais modesta, enquanto eventos de nicho, como Afropunk Bahia (2%), ainda estão em fase de crescimento no Brasil. A lista também inclui opções como Festival da Lua Cheia (6,2%) e Porão do Rock (6,1%), mostrando a diversidade de estilos musicais que atraem o público.

Casal em festival (Crédito: Daniele Colucci) Inner Circle
Casal em festival (Crédito: Daniele Colucci)

O papel do Inner Circle e tendências para a indústria

Com mais de 7,5 milhões de usuários globalmente, o Inner Circle tem utilizado pesquisas como essa para mapear comportamentos e criar iniciativas que facilitem conexões offline. Um exemplo é o RUN IN LOVE, plataforma que organiza grupos de corrida para solteiros, e o movimento #meiasazuis, onde participantes sinalizam seu status de disponibilidade usando a peça de roupa.

Os dados reforçam que festivais são mais do que eventos musicais – são espaços de socialização com potencial ainda pouco explorado por promotores e marcas. Para a indústria, a pesquisa serve como um indicativo de que experiências que incentivem a interação (como zonas de encontro ou atividades em grupo) podem agregar valor ao público.

Enquanto isso, o aplicativo segue monitorando hábitos para entender como as pessoas se conectam em diferentes contextos. E, pelo menos nos festivais, uma coisa é clara: a música une, mas a conversa – e um pouco de coragem – é o que realmente transforma um show em uma história pessoal.

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