Luminate revela que gravadoras dominam ranking global em 2025 com REPUBLIC na frente

REPUBLIC lidera o market share de gravadoras em 2025, enquanto Interscope e Atlantic mostram crescimento consistente.
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Nathália Pandeló
Major labels, gravadoras - Warner, Universal e Sony

O mercado global da música em 2025 segue marcado pela disputa acirrada entre as grandes gravadoras. Segundo o relatório do primeiro semestre da Luminate, a REPUBLIC Records, parte do Universal Music Group (UMG), retomou a liderança mundial após alguns meses em segundo lugar, apoiada por lançamentos de enorme sucesso como o álbum “I’m The Problem”, de Morgan Wallen.

Além da REPUBLIC, outras gigantes como Interscope e Atlantic Records se destacaram no ranking, mostrando que hits recentes e catálogos antigos continuam sendo os grandes trunfos para garantir participação de mercado e receita. O levantamento revela não só quem lidera, mas também como está se desenhando o cenário competitivo para o segundo semestre.

O impacto dos hits no ranking

O álbum de Morgan Wallen, lançado em maio, já ocupa o posto de mais vendido do ano, com sete semanas no topo da Billboard 200. Ele não foi o único a puxar os números da REPUBLIC. Artistas como The Weeknd, Ariana Grande, Taylor Swift, Sabrina Carpenter e Chappell Roan ajudaram a gravadora a fechar o semestre com 12,69% de participação, acima do primeiro trimestre (12,52%), mas abaixo do recorde de 15,72% no mesmo período de 2024.

Na Interscope, também do grupo UMG, o destaque veio de nomes como Kendrick Lamar, Billie Eilish, Gracie Abrams, Lady Gaga e Playboi Carti. A gravadora terminou o semestre com 11,56%, garantindo a segunda posição apesar da queda em relação ao início do ano. Somando a participação do Capitol Music Group, o chamado Interscope Capitol Label Group alcançou 15,88%.

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Atlantic avança e Warner se fortalece

O Warner Music Group (WMG) também mostrou bons resultados no semestre. A Atlantic Records subiu para 5,75% de participação, impulsionada pelo sucesso de Alex Warren e seu hit “Ordinary”, que ficou cinco semanas no topo do Hot 100. A Warner Records, que abrange Warner Nashville e Warner Latin, manteve estabilidade, com 6,21% no semestre, mostrando regularidade ao longo do ano.

O Sony Music Group, segundo maior entre os conglomerados, cresceu para 26,95%, um aumento em relação a 2024. Esse avanço foi puxado pelo novo álbum de Bad Bunny, lançado em janeiro, e pelo bom desempenho de artistas como SZA, Tate McRae e Sleep Token. Selos regionais como Sony Music Latin e Sony Music Nashville também garantiram a presença da Sony no top 10 global.

O papel dos catálogos e dos independentes

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O relatório destaca ainda a importância dos catálogos antigos, que continuam sendo ativos valiosos para as gravadoras. Considerando a participação total, incluindo catálogo, a Interscope aparece na frente com 10,36%, ligeiramente acima da REPUBLIC (9,88%), revertendo a posição do ano anterior. A Atlantic ocupa o terceiro lugar, com 7,80%, seguida por Warner (6,93%) e Capitol (5,95%).

Entre as independentes, o cenário continua desafiador, mas com espaço para crescimento. No geral, elas representam 35,49% do mercado, uma leve queda em comparação a 2024. Um exemplo de avanço é a Alamo Records, que pulou do 11º para o 8º lugar, alcançando 2,81%, em parte graças à atuação da distribuidora Santa Anna.

Um mercado concentrado, mas em movimento

No panorama geral, o Universal Music Group lidera com 38,56% de participação, levemente abaixo do ano passado. A Sony vem logo atrás, com 27,69%, e a Warner completa o trio das majors com 18,71%. Já os independentes, mesmo com uma fatia menor (15,02%), continuam importantes, especialmente pela agilidade em lançar novos artistas e explorar nichos.

O segundo semestre chega com um cenário aberto para novos hits, colaborações inesperadas e movimentações que podem mudar o ranking até o fim do ano. Além de disputar posições, as gravadoras estarão atentas ao impacto de estratégias digitais, redes sociais e mudanças no comportamento de consumo para seguir relevantes.

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