Conhecida pela realização do Rio2C, a Da20 anunciou o São Paulo Beyond Business (SP2B), uma iniciativa que busca posicionar São Paulo como referência global em criatividade, ciência e empreendedorismo.
O evento será realizado no Parque Ibirapuera e integrará tecnologia, cultura e sustentabilidade em uma programação de oito dias em 2026. Rafael Lazarini, fundador da Da20, antecipou para o Mundo da Música parte do que se pode esperar do SP2B.
Um evento para transformar a visão global sobre São Paulo
Mais do que uma feira de negócios, o SP2B surge como uma plataforma que destaca a multiplicidade da capital paulista. Lazarini explicou que o evento nasce com o propósito de apresentar São Paulo como muito mais do que um polo financeiro.
“São Paulo, com toda a sua potência, precisava de um evento à altura, que projetasse sua imagem globalmente, indo além da visão de centro financeiro e polo de negócios. Queremos mostrar a cidade como um celeiro de criatividade, inovação e diversidade”, afirmou.
O evento se inspira em megatendências globais que apontam as cidades como centros decisivos para o futuro da sociedade. Para Lazarini, o SP2B reflete os desafios e oportunidades de metrópoles como São Paulo.
“Estamos vivendo a era das cidades. Em breve, a maioria da população global estará concentrada em áreas urbanas, onde o futuro da sociedade será definido. São Paulo, uma das maiores metrópoles do planeta, é um microcosmo desses desafios e oportunidades. O SP2B nasce dessa premissa: transformar a cidade em um centro global de soluções para o crescimento urbano sustentável e posicioná-la na vanguarda da inovação”, disse.
Ao Mundo da Música, complementou:
“Planejar um evento em São Paulo envolve abraçar sua complexidade. A cidade é um mosaico de contrastes. Nosso maior desafio foi pensar um espaço que representasse essa diversidade, oferecendo uma experiência significativa tanto para o público corporativo quanto para criativos, empreendedores e comunidades locais. Também houve o desafio logístico de pensar um local para o evento que pudesse funcionar como uma cidade dentro da cidade”.
Como o Parque Ibirapuera será transformado no SP2B?
O Parque Ibirapuera terá um papel central na estruturação do evento. Espaços icônicos, como a Oca e o Auditório Ibirapuera, virarão locais de debates, instalações artísticas e apresentações culturais.
“O Parque do Ibirapuera será palco de atividades que conectam inovação e criatividade com sustentabilidade e bem-estar. Destacaremos o Auditório Ibirapuera como um centro de debates e apresentações de ponta, enquanto áreas abertas serão usadas para experiências imersivas, showcases de tecnologia, instalações artísticas e interações com o público. Nosso objetivo é integrar o ambiente do parque à programação, reforçando a conexão entre a cidade, a natureza e a inovação”, explicou Lazarini.
O evento também incentivará conexões entre startups, investidores e líderes de diferentes setores, impulsionando o ecossistema de inovação de São Paulo. Segundo o fundador da Da20, a integração entre natureza, tecnologia e cultura será um dos pilares centrais do SP2B.
Lições do Rio2C aplicadas ao novo projeto
Na última edição, o Rio2C reuniu cerca de 50 mil pessoas, 1.600 palestrantes, promoveu mais de 2.000 reuniões de negócios e gerou um impacto econômico projetado em mais de R$ 350 milhões. A experiência com o evento trouxe aprendizados que levaram ao desenvolvimento do SP2B. Lazarini destacou que a maior lição foi compreender a necessidade de criar experiências que dialoguem diretamente com a identidade local.
“O maior aprendizado foi a importância de criar uma experiência profundamente conectada com a identidade local. Aprendemos a equilibrar inovação com um forte senso de cultura e pertencimento e no SP2B amos mostrar, que São Paulo é um centro global de negócios e empreendedorismo, mas também uma potência cultural. Entendemos que o público busca, acima de tudo, diálogos e conexões autênticas e transformadoras”, explicou.
Embora tenha o Rio2C como um precedente de sucesso, o SP2B não será uma extensão do evento carioca.
“O SP2B não é uma versão paulista do Rio2C. São eventos que têm naturezas muito distintas assim como São Paulo e Rio são cidades completamente diferentes e de culturas muito peculiares. O SP2B tem vida própria e foi pensado como um evento de São Paulo e para São Paulo. Isso ficará bastante evidente quando divulgarmos a programação”, enfatizou o organizador.
Perspectivas e expectativas para o SP2B
Além de destacar a singularidade de São Paulo, o evento busca se conectar com tendências globais de sustentabilidade e transformação urbana.
“Temos uma grande admiração pelo SXSW, que para nós sempre foi uma grande referência em termos de convergência entre diferentes universos criativos e tecnológicos. Mas reforço que o SP2B será um evento único, com características singulares. A começar pela localização em um parque público, no centro de uma das maiores metrópoles do planeta, e que propicia a convergência da natureza exuberante com museus e referências icônicas de arquitetura brasileira”, afirmou Lazarini.
Com a realização de um pré-evento em agosto de 2025, o SP2B inicia sua contagem regressiva para 2026. A expectativa é que São Paulo seja projetada como um exemplo de inovação e ressignificação urbana para o mundo, reforçando seu papel como protagonista global.
