Spotify destaca artistas do AMPLIFIKA com novos singles e ação em Nova York

Spotify apresenta novos talentos do AMPLIFIKA em gêneros como R&B, reggae, samba e rap, ampliando visibilidade da cena.
Foto de Nathália Pandeló
Nathália Pandeló
Campanha do Spotify Amplifika na Times Square
Campanha do Spotify Amplifika na Times Square (Crédito: Divulgação)

O Spotify anunciou a nova fase do programa AMPLIFIKA, voltado para dar visibilidade a artistas pretos da cena musical brasileira. A iniciativa chega com lançamentos exclusivos de Spotify Singles e uma ação simbólica em Nova York, onde os artistas ganharam destaque em um painel na Times Square, um dos espaços publicitários mais conhecidos do mundo.

Ainda que o painel funcione como um marco, o principal impulso para esses artistas acontece dentro da própria plataforma, onde recebem suporte estratégico para alcançar novos públicos. Essa atuação é o que realmente fortalece suas trajetórias, conectando diferentes gêneros musicais e abrindo novas possibilidades de circulação no mercado.

Novos singles no AMPLIFIKA

Bela Maria, Renan Oliveira, Enme e Jotapê
Bela Maria, Renan Oliveira, Enme e Jotapê (Crédito: Divulgação)

A primeira faixa inédita da temporada veio com Bela Maria, que lançou “Que Confusão, Amor”. O single traz uma leitura intimista do R&B contemporâneo, com vocais suaves e arranjos que privilegiam silêncios e atmosferas emocionais.

Na sequência, Enme apresentou “Agarradinho”, colaboração com os produtores Jota no Beat e Kafé. A música combina elementos do reggae jamaicano, ragga e dancehall, construindo uma sonoridade marcada pela força percussiva e pelo diálogo com a música afro-diaspórica, especialmente conectada às cenas do Norte e Nordeste.

Diversidade de gêneros

O programa ainda terá lançamentos de Renan Oliveira, que promete trazer um samba e pagode em tom celebrativo, e de Jotapê, que aposta em uma sonoridade mais crua, baseada no rap e no trap. Essa variedade reforça a proposta do AMPLIFIKA de representar a amplitude da música negra brasileira, atravessando estilos que vão do funk ao rock, do pagode ao MPB.

A escolha desses artistas mostra como o Spotify enxerga o futuro da música nacional como um mosaico diverso, em que referências locais e internacionais se encontram para criar novas linguagens.

Bela Maria e Enme já tiveram seus singles lançados no projeto Spotify Amplifika
Bela Maria e Enme já tiveram seus singles lançados no projeto Spotify Amplifika (Crédito: Divulgação)

Vozes em primeira pessoa

Entre os destaques desta edição, Bela Maria explicou que seu novo single nasce da intenção de mostrar a força da vulnerabilidade. 

“Na letra de ‘Que Confusão, Amor’, eu quero mostrar que a vulnerabilidade de sentir também é pra mim — que mulheres negras podem falar das suas confusões amorosas, das suas vontades e desejos.” 

Para a artista, participar do AMPLIFIKA significa também refletir sobre o lugar da música preta no país. 

“A música brasileira nasceu preta, mas não tem espaços de mérito correspondentes a esse fato. Investir em artistas pretos é recuperar esses espaços que às vezes não tem nem as portas abertas para o que diversos artistas têm a cantar e dizer.”

Com uma trajetória ligada a um dos estados mais musicais do país, Enme ressaltou como sua identidade sonora é atravessada pelo reggae e seus desdobramentos. 

“Sendo uma artista natural do Maranhão, o reggae sempre esteve presente e influenciado minha musicalidade. Acho que nesse momento é importante mostrar a potência do lugar de onde venho.” 

Ela destacou ainda o impacto de estar na iniciativa do Spotify: 

“Fazer parte do AMPLIFIKA é a certeza de que minha arte será ouvida pela sua qualidade, sem barreiras de gênero, cor ou região.”

A nova leva também inclui Renan Oliveira, que buscou uma mudança de narrativa em sua composição. 

“Eu quis falar de um amor que dá certo. Meu novo single traz uma declaração direta, com o coração em dia. Até então, eu sempre cantava os términos — agora, trago a vitória do amor.” 

Para ele, a oportunidade se conecta com a sua história pessoal e com o samba e o pagode que representa. 

“Fazer parte do AMPLIFIKA é consolidar meu trabalho, é representar o Rio, o samba e o pagode com orgulho.”

Já Jotapê escolheu explorar um lado ainda pouco mostrado em sua trajetória. 

“Dessa vez eu optei por uma rima mais suja, de um lugar de malandragem, que aprendi nesses anos todos na rua. É uma parte minha que ainda não foi tão explorada, eu ainda não mostrei pra galera e quis mostrar através do Spotify Singles.” 

Ele fez questão de relacionar sua visão ao legado da música negra brasileira: 

“A música preta é a alma da música brasileira como um todo. Seja no samba, seja no MPB, seja no rock, no pagode, no rap, no trap, no funk.”

Histórico do programa

Criado em 2021, o AMPLIFIKA já impulsionou carreiras de artistas como Duquesa, MC Kadu, Milthinho, Cryzin, Maru2D e Sued Nunes. Além de lançamentos exclusivos, o programa também promove workshops e formações que preparam os artistas para atuar no mercado. Em 2022, a iniciativa ganhou um evento presencial, o Dia AMPLIFIKA, em cidades como Salvador, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

A proposta se soma a outras frentes do Spotify, como EQUAL, Glow e Sound Up, que seguem a linha de fortalecer vozes sub-representadas e ampliar narrativas dentro da indústria. Com isso, a plataforma busca consolidar um espaço mais diverso, em que a nova geração de músicos possa crescer com suporte efetivo e oportunidades de longo prazo.

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