O WME (Women’s Music Event) lançou uma nova versão do seu Banco de Profissionais, projeto voltado para ampliar a visibilidade e a empregabilidade de mulheres em diversas áreas da cadeia produtiva da música. Com uma plataforma reformulada, a ferramenta agora permite que as usuárias gerenciem seus perfis de forma autônoma, promovendo conexões diretas com contratantes de todo o Brasil.
Criado há cerca de nove anos pelas fundadoras Monique Dardenne e Claudia Assef, o Banco de Profissionais surgiu como uma resposta à necessidade de tornar o mercado musical mais inclusivo e diverso.
Inicialmente hospedado apenas no site do WME, a plataforma passou por uma primeira reformulação em 2019, quando se tornou um aplicativo. No entanto, o modelo acabou se mostrando pouco prático para atualizações e gerenciamento de perfis, o que levou à atual reestruturação.
Banco ganha novo formato e mais autonomia para usuárias
Com o relançamento, o Banco de Profissionais volta ao site do WME e passa a funcionar como uma ferramenta autogerenciável, semelhante a uma rede social. Cada profissional pode criar e editar seu perfil, atualizar informações e se apresentar de forma estratégica.
Alguns filtros inteligentes também foram implementados, permitindo buscas por função, habilidade e cidade, o que facilita a localização de talentos para eventos e projetos em diferentes regiões.
“O banco de profissionais do WME é uma importante ferramenta tanto de empregabilidade, conectando profissionais de mais de 40 profissões com contratantes, mas também funciona como uma ferramenta de mapeamento das fazedoras de cultura do país. A partir aí conseguiremos fazer estudos de formação de profissionais em regiões específicas, por isso a importância de toda mulher se cadastrar”, afirma Monique Dardenne.
Até o momento, mais de mil mulheres estão cadastradas no banco. Embora a maioria dos perfis pertença a cantoras, instrumentistas e produtoras musicais, existe também uma crescente demanda por profissionais de bastidores, como técnicas de som, produtoras culturais, jornalistas e assessoras de imprensa. Essa tendência reflete um mercado que está cada vez mais atento à diversidade nas funções estratégicas da indústria.
Ferramenta reforça rede de conexões e oportunidades

O Banco de Profissionais do WME tem se mostrado uma ferramenta de impacto real na promoção de oportunidades. Além de ter facilitado o acesso de diversas mulheres a trabalhos importantes, como parcerias com produtores renomados como Dudu Marote, o banco também oferece uma visão abrangente da atuação feminina na música brasileira.
O acesso à plataforma é gratuito, e qualquer profissional mulher que atue no mercado musical pode se cadastrar. As contratações são feitas diretamente entre as partes interessadas, fora da plataforma, mas a expectativa é que, no futuro, o WME também possa oferecer mecanismos de intermediação.
“A ideia é que as pessoas vejam a plataforma como uma ferramenta viva, que faz parte da rotina profissional. E isso tem um peso: muitos contratantes, produtoras e nomes influentes que acompanham o WME consultam o nosso banco”, explica Claudia Assef.
O cadastro pode ser feito diretamente no site do Women’s Music Event, na seção “Cadastro de Profissionais”. A iniciativa integra o conjunto de ações do WME para impulsionar o protagonismo feminino na indústria, que também inclui o WME Conference e o WME Awards, além de projetos como o Selo Igual.
Expansão e impactos futuros
Ao promover maior visibilidade e estimular a conexão entre mulheres e contratantes, o Banco de Profissionais também contribuirá para novos estudos sobre a presença feminina em diferentes regiões e funções do mercado musical brasileiro. Esses dados poderão embasar políticas de formação e fortalecimento de redes locais, aumentando a inclusão e a diversidade em toda a cadeia.
À medida que o Banco de Profissionais se consolida como uma ferramenta de referência, o WME reforça seu compromisso de transformar a indústria musical em um espaço mais representativo e plural. O movimento de cadastramento e de uso da plataforma aponta para um futuro em que a presença feminina em todas as etapas da produção musical se torne cada vez mais visível e valorizada.
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