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Carnaval 2019: gastos com impostos e taxas podem passar dos R$65 mil em Salvador

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Redação
Saulo Brandão

Estamos apenas no dia 10 de janeiro, mas, para muitos, a contagem regressiva para o Carnaval 2019 já começou.

O festa esse ano que inicia oficialmente no dia 27 de fevereiro, conta com uma grande estrutura e também investimento para acontecer.

Uma matéria realizada ontem (9) no programa BA Meio Dia, Rede Bahia, afiliada da Rede Globo no estado da Bahia; apontou os custos para ‘colocar um bloco na rua’. 

Segundo a Associação Brasileira de Entretenimento (ABRE) citada na matéria, Salvador possui atualmente 22 blocos com cordas. As cordas delimitam o espaço entre o público pagante e o folião pipoca.

Nos últimos anos e principalmente com a chegada da crise econômica, o número de Blocos Pipoca aumentou, enquanto o de Blocos com Cordas caiu drasticamente. Ao mesmo tempo, em que os camarotes presentes principalmente no Circuito Barra-Ondina, permanecem como opção.

Vamos aos custos médios para um bloco ir às ruas:

– Taxa de Uso do Solo, paga à Prefeitura: R$4.000,00 em média, a cada desfile;

– Taxa de Publicidade para as marcas que aparecem nos trios elétricos: R$500,00 a R$22.000,00 reais dependendo da quantidade de publicidade exibida;

ISS (Imposto Sobre Serviços): 3% sobre a receita bruta do bloco;

– Taxa de Policiamento da Festa, paga ao Governo do Estado: R$4.800,00 por desfile para um bloco grande, com cerca de 3.500 foliões, de acordo com a Associação que representa as entidades carnavalescas;

Direitos Autorais: cerca de R$20.000,00 por bloco, em cada Carnaval.

Ainda na matéria, o Presidente da Seção Baiana da ABRE, Marcelo Brito, diz que o custo para um bloco grande, com taxas e impostos chega a mais de R$65.000,00 e que esses valores em Salvador, são mais altos do que em outras capitais: “A consequência é a falta de implantação de novos blocos. Porque quando se faz um estudo de viabilidade, o custo fica alto. Porque as pessoas têm que vender uma quantidade de tickets muito maior e os blocos tradicionais também estão sofrendo, porque não conseguem vender a quantidade de camisas possíveis para conseguir pagar esses tributos”.

Procurado pela reportagem, o Secretário Municial de Cultura, Claudio Tinoco, diz que os valores das taxas são justos e que o ISS para blocos é mais baixo do que em outros setores. Para o Secretário, o Carnaval de Salvador é diferente de outras capitais, pois, há rentabilidade não apenas no período de Carnaval, mas, durante o ano inteiro.

Você, proofissional da música, já está com a agenda de shows fechada para o Carnaval?

O Carnaval nas cidades têm mudado bastante, principalmente em Salvador, se planejar para a realidade desses mercados é sempre a melhor opção.