O debate sobre liderança feminina e diversidade foi o centro da 1ª edição do Warner Inspira, realizado na terça-feira (26), na sede da Warner Music Brasil, no Rio de Janeiro. O evento reuniu figuras importantes do mercado cultural para discutir a presença feminina em espaços estratégicos e as transformações necessárias para ampliar a igualdade de gênero nas empresas.
A iniciativa foi concebida como um espaço de troca de ideias e reflexões, especialmente sobre como o olhar feminino pode trazer novas perspectivas ao ambiente corporativo. Além de promover discussões sobre inclusão, o evento apresentou falas que abordaram a intersecção entre liderança, diversidade e inovação no mercado.
O papel da liderança feminina no mercado corporativo
Durante a abertura do Warner Inspira, Leila Oliveira, presidente da Warner Music Brasil, ressaltou que a presença feminina nas lideranças vai além de uma questão de representatividade.
“Quando a gente fala de inclusão e de diversidade, além de toda parte cultural, da parte de ser mais justo, de ter uma coisa mais igualitária, é também você conseguir trazer para a mesa diferentes visões e perspectivas, sobre o ponto de vista de como desenvolver alguma coisa, liderar pessoas, trazer resultados e enxergar cada ação, cada projeto e cada coisa que sai dessa empresa. Então, liderança feminina é muito mais do que dizer: tenho mulheres ali. Sim, tenho mulheres e tenho outro olhar. Tenho outras formas de trazer e de gerar resultado”.
Diversidade como transformação social
A deputada federal Erika Hilton também esteve presente no evento e enfatizou a importância de eventos que coloquem vozes diversas em espaços de destaque.
“A importância de um evento como esse é de a gente conseguir recolocar em espaços importantes o protagonismo de determinadas vozes. A gente tem uma disputa de narrativa social que é muito cruel. E quando a gente tem setores como esse pensando nesse tipo de atividade, pautando esse tipo de tema, colocando essas vozes para falar, criando essas intersecções, eu acho que isso fortalece uma narrativa na sociedade. Ou seja, uma narrativa de diversidade, uma narrativa feminina, de empoderamento, anti conservadora e anti retrógrada”.
Hilton ainda destacou que ações como o Warner Inspira são urgentes.
“Eu acho que esse evento é necessário e urgente. Que mais ‘Warners’ possam existir por aí. Que a gente possa ver acontecer esse tipo de provocação nas empresas, nas produtoras, nos estúdios, nas televisões, nas revistas, em todos os lugares”.
Planos para o futuro do Warner Inspira
Cristina Leuzinger, Head de Live & Brands na Warner Music Brasil, comentou sobre a continuidade do evento e sua inserção no calendário da empresa. Segundo ela, a ideia é que o Warner Inspira seja mais do que um encontro pontual.
“A ideia é que o Warner Inspira seja um evento de calendário. Ele foi criado não só para essa troca de experiências, mas também para conectar marcas que a gente sinta que tenham o mesmo propósito que o nosso”.
A presença de personalidades de diferentes áreas também foi um dos destaques. Entre os participantes estavam as cantoras Marvvila, Azzy e Pocah; a ativista indígena Guarani e membro da comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, Geni Nuñez; Galba Gogóia, pernambucana, cineasta e atriz; a jornalista, curadora musical e diretora de conteúdo audiovisual, Renata Novaes; a roteirista, pesquisadora e criadora do projeto Afrofunk, Taísa Machado, conhecida como Chefona Mermo; a pesquisadora e fundadora do Voicers, Ligia Zotini; a empresária e fundadora do HERvolution, Alana Leguth; e a empresária e estrategista de comunicação, Cíntia Gonçalves.
Ao consolidar sua primeira edição com debates e participação de nomes relevantes, o evento se posiciona como uma proposta que vai além de discussões momentâneas, trazendo reflexões sobre inclusão e mudança estrutural no mercado cultural.