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Tidal anuncia corte de até 25% em sua equipe

O Tidal enfrenta mais uma rodada de demissões, com até 100 funcionários afetados. A medida é parte de uma reestruturação para tornar a empresa mais enxuta.
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Nathália Pandeló

O Tidal comunicou uma nova rodada de demissões que poderá impactar cerca de 100 funcionários, representando até um quarto da equipe. A notícia foi dada por Jack Dorsey, CEO da Block, empresa-mãe da Tidal, durante uma reunião com os funcionários. Dorsey afirmou que a reestruturação visa transformar a empresa em uma operação mais enxuta, semelhante a uma startup, implicando em mudanças nos quadros de pessoal.

A decisão ocorre após um corte de aproximadamente 10% da força de trabalho do Tidal no final do ano passado. Essa medida anterior afetou cerca de 40 pessoas, mas a nova rodada de cortes será mais abrangente. Segundo Dorsey, áreas como gestão de produtos e marketing de produtos serão desativadas completamente, e o tamanho da equipe de design e outras funções de suporte também será reduzido. Além disso, possíveis cortes na área de engenharia podem acontecer quando houver mais clareza sobre a liderança nos próximos meses.

Mudanças estratégicas no Tidal

Tidal

Dorsey ressaltou a importância de a empresa operar com mais agilidade e eficiência em um mercado de streaming competitivo. Desde que a Block adquiriu participação majoritária na Tidal em 2021, houve tentativas de reposicionar a plataforma para enfrentar os desafios impostos por gigantes como Spotify, Apple Music, Amazon e YouTube. No entanto, manter a relevância tem sido um desafio, apesar do apoio de figuras de destaque como Jay-Z, que adquiriu o Tidal em 2015, impulsionando a visibilidade da marca.

Uma fonte da Tidal revelou à revista Fortune que a atual reestruturação é um reflexo da necessidade de adaptação em um cenário onde inovação e eficiência são essenciais para a sobrevivência. Essa nova rodada de cortes busca alinhar os custos operacionais à realidade de um mercado em constante evolução e pressão por rentabilidade.

Contexto e impacto no setor

As demissões na Tidal ocorrem em um momento em que outras plataformas de streaming também estão reavaliando suas operações. Em 2022, o Spotify anunciou a redução de 17% de sua equipe, como parte de um esforço para manter a competitividade e conter custos. Embora a Tidal tenha uma base de funcionários bem menor que os concorrentes, a necessidade de ajustes reforça a dificuldade enfrentada por serviços menores em um setor dominado por grandes players.

A Tidal surgiu como WiMP e ganhou notoriedade após ser adquirida por Jay-Z, promovendo-se como um serviço focado em artistas e com áudio de alta qualidade. Contudo, apesar dos esforços de rebranding e parcerias, a empresa tem enfrentado dificuldades em ampliar sua participação de mercado. Com a nova reestruturação, a expectativa é que a Tidal busque uma abordagem mais focada e eficiente para lidar com a concorrência.