A Semana Internacional da Música de São Paulo (SIM São Paulo) chega à 12ª edição com uma mudança estratégica de endereço e um calendário definido. O evento será realizado entre 7 e 9 de abril de 2026, ocupando o Memorial da América Latina. A conferência se mantém como uma das principais plataformas de encontro para profissionais da música e da economia criativa, reunindo agentes brasileiros e internacionais para troca de ideias, negócios e novos projetos.
A organização passa a ser conduzida pela joint venture formada por Musickeria e Otorongo, que assumiu a marca após a aquisição concretizada em setembro de 2025. A união das empresas reúne profissionais experientes de curadoria, gestão cultural, projetos e mercado fonográfico, com a intenção de estabelecer um planejamento de longo prazo para a conferência.
Novo conselho consultivo e visão para a próxima década
Como parte da nova fase, a SIM São Paulo anuncia o Conselho Consultivo, que reúne nomes como Marta Carvalho, Roberta Martinelli, Fabiana Lian, Fabricio Nobre, Felipe Vassão, Mauricio Soares, Junior Carvalho, Anita Carvalho, Pena Schmidt, Chico Dub, Natália Lebeis, Ricardo Rodrigues, Juli Baldi e Gabriel Andrade. O grupo entra para expandir a capacidade de escuta do evento e orientar decisões estratégicas.
Antes do anúncio, Marcos Passarini, sócio da conferência, explicou o plano de longo prazo.
“A missão da Semana Internacional de Música de São Paulo é se consolidar como a maior conferência do ecossistema da música brasileira e como o principal hub de conexão com o exterior. E para isso estamos desenvolvendo um plano robusto para os próximos 10 anos”.
Coy Freitas, também sócio do evento, destacou o momento atual da conferência.
“Estamos muito felizes com a adesão de pessoas que respeitamos e admiramos para compor nosso conselho. Assumimos a SIM São Paulo com a missão de dar continuidade às inúmeras conquistas que a conferência alcançou ao longo dos dez primeiros anos e de pensar os próximos dez. Vêm boas novidades por aí. Estamos animados com o rumo que as conversas tomaram e como pretendemos montar a Semana Internacional de Música de São Paulo. Afinal, a cidade, que é uma das mais vibrantes do mundo, também é o lugar certo para sediar a conferência mais interessante sobre música e economia criativa do nosso continente. Serão 3 dias de muitos encontros, troca de ideias, música e negócios”.
Estrutura, programação e atuação no ecossistema da música

A conferência mantém um formato que combina painéis, workshops, atividades de networking, rodadas de negócios e showcases diurnos no Memorial. A programação paralela Noites SIM volta a ocupar dezenas de casas de show em São Paulo, com apresentações que conectam artistas em ascensão, público e profissionais do setor.
O sócio Luiz Calainho comentou a relevância do encontro.
“A SIM São Paulo consolida-se, ano após ano, como o grande ponto de encontro do ecossistema da música no Brasil e na América Latina. É aqui que artistas, produtores, marcas e gestores públicos se conectam para pensar o futuro do setor, um setor que movimenta não apenas cultura, mas também inovação, tecnologia e claro, as muitas verticais da economia criativa”.
Durante a edição de 2025, a parceria entre Musickeria e Otorongo atuou na captação de patrocínios, curadoria e operação. Com a aquisição formal da marca em setembro de 2025, as duas empresas aumentam seu controle sobre os negócios, comunicação e desenvolvimento da SIM São Paulo no médio e longo prazo.
Resultados da edição 2025 e indicadores de impacto da SIM São Paulo
Criada em 2013, a SIM São Paulo consolidou uma posição de destaque entre os eventos do tipo no Brasil. A edição de 2025, realizada entre 17 e 21 de fevereiro, impulsionou o alcance da conferência.
Foram organizados 60 painéis com 248 palestrantes de 21 países e de todos os estados brasileiros. Além da conferência, ocorreram 37 showcases diurnos, rodadas de negócios, coquetéis de networking e sessões de pitch com 30 novos artistas. A programação noturna apresentou 162 performances em mais de 20 casas de shows, totalizando cerca de 190 apresentações ao vivo. O público circulante atingiu aproximadamente 30 mil pessoas e o conteúdo gerado nas redes sociais e na imprensa alcançou 77 milhões de pessoas.
A próxima edição mantém a expectativa de receber profissionais de todo o ecossistema musical, abrangendo segmentos como tecnologia, economia criativa, produção executiva, gestão pública, marcas, inovação e circulação artística. O novo endereço no Memorial da América Latina cria a possibilidade de ampliar fluxos, receber um número maior de atividades e aproximar o encontro de equipamentos culturais e vias de transporte.
A organização projeta que a edição de 2026 seja um passo importante no plano de dez anos apresentado pelos novos controladores, reunindo profissionais que atuam na cadeia da música para discutir desafios contemporâneos, apresentar projetos, formar redes e acompanhar as movimentações do setor em escala regional e internacional.
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