Rio2C teve público de mais de 55 mil e já confirmou edição de 2026, com retorno do palco do Mundo da Música

Setor musical teve protagonismo inédito em 2025 no Rio2C e seguirá em destaque na próxima edição, marcada para 26 a 31 de maio.
Foto de Nathália Pandeló
Nathália Pandeló
Rio2C
Rio2C (Crédito: Divulgação)

A edição de 2025 do Rio2C encerrou neste domingo (1º de junho), na Cidade das Artes, com números que reforçam sua posição como o maior encontro de criatividade da América Latina. Tanto que o próximo evento já tem data marcada: de 26 a 31 de maio de 2026.

Este ano, foram mais de 55 mil pessoas, 2.088 palestrantes, 21 palcos simultâneos e 130 convidados internacionais ao longo de seis dias de programação. Mas se algo marcou esta edição de forma especial foi o protagonismo cada vez maior da música, tanto nas discussões estratégicas quanto nas experiências ao vivo.

Com nomes como Tiago Iorc, Marina Sena, Criolo, Simoninha, Gaby Amarantos e Thaíde, além de executivos da Universal Music, Som Livre, TikTok, Warner Music e Spotify, o evento mostrou que o setor musical ocupa hoje lugar central no ecossistema criativo. 

Em 2026, esse espaço será ampliado: está confirmado o retorno do palco do Mundo da Música, que volta como plataforma de encontro entre artistas, empresários e lideranças do setor.

Música em todas as frentes

A presença da música no Rio2C não ficou restrita aos debates. Pela primeira vez, o evento contou com três palcos dedicados ao setor: Soundbeats I, II e III, cada um com foco em uma frente específica da indústria. 

O primeiro destacou os impactos da inteligência artificial, os novos modelos de carreira e a relação entre música e moda. O segundo abordou a cadeia de valor dos grandes shows e eventos, com debates sobre sustentabilidade, políticas públicas, formalização e formação de profissionais.

Já o terceiro palco, organizado em parceria com o Mundo da Música, promoveu encontros intimistas que trataram dos desafios cotidianos da indústria musical, das oportunidades de mercado e das transformações no negócio da música. Estiveram presentes nomes como Rubel, Lary, Aya, Adriana Ramos (Universal Publishing), Tatiana Cantinho (Som Livre) e Thiago Hiroshi (TikTok/SoundOn), evidenciando a pluralidade de vozes que constroem a cena atual.

Forte presença do mercado

Público no Rio2C (Crédito: Divulgação)
Público no Rio2C (Crédito: Divulgação)

A área de Mercado do Rio2C também refletiu esse crescimento. Nomes como Universal Music, Warner Music, Sony Music, Downtown, Alta Fonte, Boa Música, Amazon Music, OneRPM, Spotify e representantes de festivais participaram das rodadas de negócios, mentorias e apresentações. O palco Rio2C Stage funcionou como espaço de happy hours promovidos por gravadoras e showcases com artistas como Jota.pê, Raissa Real e Bielzin.

Destaque ainda para o PitchingShow, que deu visibilidade a novos talentos como Gabriel Gonti, Calena, Anna Suav e Papôla, conectando-os a profissionais do mercado musical. A proposta é clara: transformar o evento em vitrine para novos artistas e ampliar a rede de oportunidades dentro e fora dos palcos.

Conexões internacionais e políticas públicas

Outro ponto alto foi a primeira edição do Fórum Iberoamericano de Mercados Musicais (FIMM 2025), que reuniu representantes de 24 iniciativas de oito países — entre eles, Argentina, Espanha, México e Colômbia. A proposta é estruturar uma rede formal para fomentar políticas públicas e parcerias voltadas ao setor de feiras e mercados musicais.

O fórum representa uma tentativa de institucionalizar as trocas entre países da América Latina e da Península Ibérica, criando mecanismos para circulação de artistas, financiamento de projetos e alinhamento estratégico entre os principais mercados musicais da região. A repercussão positiva já impulsiona a possibilidade de expansão nas próximas edições.

Música no centro da cultura digital

Além dos palcos dedicados, a música também permeou outras áreas temáticas do Rio2C. No Meta Loves Music, por exemplo, a discussão girou em torno da relação entre bem-estar, criação musical e ambiente digital. No Creator Economy, artistas discutiram novos formatos de conteúdo e engajamento com fãs. Já o palco Bits abordou o impacto da inteligência artificial na composição, produção e distribuição musical, refletindo sobre as transformações técnicas e criativas em curso.

O evento também lançou luz sobre a intersecção da música com o mercado de games, audiovisual e publicidade — uma tendência que se fortalece globalmente. A integração de artistas a marcas, plataformas e experiências imersivas mostrou que o futuro da música está cada vez mais entrelaçado com outras frentes da economia criativa.

Expansão e próximos passos

Rafael Lazarini no Rio2C (Crédito: Divulgação)
Rafael Lazarini no Rio2C (Crédito: Divulgação)

Segundo Rafael Lazarini, CEO e fundador do Rio2C, a missão do evento é justamente ampliar a força da criatividade e fortalecer o papel do Brasil como referência cultural e econômica na região. 

“Nosso objetivo sempre foi transformar o Rio2C no principal ponto de encontro da criatividade na América Latina — e isso é uma realidade. Desde o início, trabalhamos com dois propósitos muito claros: fortalecer o papel da indústria criativa no debate nacional e valorizar a vocação do Rio de Janeiro como um polo natural de inovação cultural”, afirmou.

A próxima edição já tem data marcada e acontecerá novamente na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Com o setor musical ganhando cada vez mais espaço no evento, o palco do Mundo da Música promete retornar ainda mais robusto, acompanhando os desafios e oportunidades que ajudam a definir o futuro da indústria.

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