Exclusivo: Papatinho assina com a Universal Music Brasil e anuncia projeto “MPC – Música Popular Carioca”
Nova fase de Papatinho marca parceria com gravadora e resgata a essência do funk com participações de MC Marcinho, Furacão 2000, Cidinho e mais.
Nathália Pandeló
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Da esquerda para direita: Alexandre Duncan (A&R da Papatunes), Marcella Moreira (gerente de marketing), Papatinho, Paulo Lima (presidente da companhia), Miguel Afonso (gerente de A&R), Daniel Alves (empresário) e Livia Rodrigues (diretora de digital sales) - Crédito: Divulgação
O produtor Papatinho, um dos nomes mais influentes da música urbana brasileira, inicia uma nova etapa em sua carreira com a assinatura de contrato com a Universal Music Brasil. A parceria foi formalizada em um encontro que contou com a presença do próprio artista, seu empresárioDaniel Alves, familiares e executivos da gravadora, incluindo Paulo Lima, presidente da companhia, e Lívia Rodrigues, diretora de digital sales.
Com o anúncio, Papatinho também revelou seu novo projeto: o álbum “MPC – Música Popular Carioca”, que chegará em breve aos aplicativos de música. O trabalho reúne nomes históricos do funk e da cultura carioca, como Furacão 2000, MC Marcinho, Cidinho e Naldo, em uma proposta que une diferentes gerações do gênero. A sigla MPC, que remete ao equipamento clássico usado por produtores, aqui também funciona como metáfora para a mistura de ritmos e histórias que marcam o novo trabalho.
Parceria com a gravadora amplia horizontes
Durante a assinatura, Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil, destacou a importância artística e simbólica de contar com Papatinho no casting da Universal.
“Ter você e este projeto ‘MPC – Música Popular Carioca’, agora com a gente, é muito especial. Acompanho seu trabalho desde o início. Você é um artista visionário, que dita tendências, cria com alma e está sempre à frente do seu tempo. Esse novo projeto é prova disso: une gerações do funk com respeito, qualidade e a sua essência em cada detalhe. Você não é só um produtor — é um artista completo”, declarou o presidente.
Já Papatinho reforçou a sintonia com a gravadora.
“Lembro de Paulo Lima ficar cinco horas comigo no estúdio e fazer um planejamento com uma linha do tempo de três anos. Acho que é o melhor caminho; confio na Universal Music”, afirmou o produtor.
Comemoração nos escritórios da Universal Music Brasil com Papatinho (Crédito: Divulgação)
Projeto une passado e presente do funk carioca
“MPC – Música Popular Carioca” se propõe a ser uma celebração do legado do funk carioca e uma tentativa de reposicioná-lo no centro da cultura pop brasileira. O projeto traz releituras e colaborações que pretendem conectar a energia original dos bailes de favela aos novos sons e artistas da cena atual, com uma sonoridade moderna mas fiel às raízes.
O álbum foi concebido como uma ponte entre o tradicional e o contemporâneo, respeitando os nomes que abriram caminhos no passado e abraçando o frescor das novas vozes do funk. Os primeiros singles devem ser divulgados ainda nas próximas semanas, com expectativa de clipes e ativações em redes sociais.
Trajetória internacional e respeito no mercado
Responsável por produções que ajudaram a redefinir o rap e o funk nacional na última década, Papatinho ganhou reconhecimento pela versatilidade com que navega entre estilos. Com passagens pela Cone Crew Diretoria, o produtor colaborou com nomes como Marcelo D2, Seu Jorge, Orochi e L7NNON, além de ter assinado faixas com estrelas internacionais como Snoop Dogg, Black Eyed Peas, Cardi B, Travis Barker, Kanye West e Tyga.
Essa habilidade de cruzar fronteiras musicais e culturais fez de Papatinho um nome cada vez mais requisitado, não apenas como beatmaker, mas também como articulador de projetos e talentos. A chegada do projeto “MPC” em um grande selo como a Universal também representa um marco simbólico para o funk carioca, frequentemente marginalizado pelo mainstream mesmo sendo uma das expressões culturais mais populares do país. Ao apostar em um projeto que homenageia e reinterpreta o gênero, Papatinho e a gravadora abrem espaço para um novo olhar sobre a importância do funk como patrimônio cultural.