Exclusivo: ODR Music estreia como hub de gestão artística que conecta música, esporte e ancestralidade

ODR Music chega ao mercado com foco em samba e rap, oferecendo gestão 360º, estúdio próprio e equipe multidisciplinar.
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Nathália Pandeló
Tuti Camargo e Emerson Santos, da ODR Music
Tuti Camargo e Emerson Santos, da ODR Music (Crédito: Divulgação)

A cena musical brasileira recebe um novo escritório de gestão artística com a estreia da ODR Music, empresa fundada por Emerson Santos e Tuti Camargo. Com sede em São Paulo, a iniciativa nasce com a proposta de ser um hub criativo, oferecendo estrutura completa para artistas de samba e rap, incluindo gestão 360º, produção musical, estúdio de gravação, assistência jurídica e comunicação integrada.

O diferencial da ODR Music está na combinação entre experiência no esporte e expertise musical. Emerson, que atuou na gestão da carreira do jogador Antony Santos desde a base até a seleção brasileira, enxerga semelhanças entre os dois universos. 

“No futebol aprendi que o talento só floresce quando existe estrutura. É isso que queremos oferecer aos artistas, um ambiente seguro, com gestão séria, para que eles possam se dedicar exclusivamente à criação. Nosso diferencial está em cuidar de toda a parte estratégica, administrativa e negocial, permitindo que a arte seja o centro de tudo”, ele diz.

Estrutura voltada para criação coletiva

A parte musical do projeto é liderada por Tuti Camargo, produtor que acumula trabalhos ao lado de artistas como FBC, Edgar, Fresno, Elana Dara e Luedji Luna, com quem foi indicado ao Latin Grammy pelo disco “Um Mar Pra Cada Um”. Para ele, a proposta da empresa é criar um espaço vivo e colaborativo. 

“O estúdio da ODR foi pensado como um laboratório vivo. Não é só sobre gravar, mas sobre criar em coletivo, conectar artistas e fomentar novos sons. Trabalhamos com samba e rap porque entendemos essas vertentes como a base e a vanguarda da música brasileira, e queremos ressignificá-las no presente para projetá-las no futuro”, afirma.

Kaio de Oliveira e Paulo Trindade são parte do time da ODR Music (Crédito: Divulgação)
Kaio de Oliveira e Paulo Trindade são parte do time da ODR Music (Crédito: Divulgação)

Esse olhar de inovação também se traduz na equipe que compõe o hub. O músico e produtor Paulo Trindade, integrante do grupo Samba de Boteco, traz experiência acumulada em turnês pela Europa e parcerias com nomes históricos como Fundo de Quintal, Neguinho da Beija-Flor, Almir Guineto e Wilson Moreira

Já o pesquisador e comunicador Kaio de Oliveira, fundador do projeto Ideologia do Samba, soma ao time a perspectiva da memória e do registro do gênero, com mais de 520 mil seguidores em sua página no Instagram.

Ancestralidade e identidade como pilares

A escolha do nome ODR remete ao conceito da palavra “Odara”, de origem iorubá, que significa “bom, excelente, belo” e que, dentro da Umbanda, está associada a coisas boas. A inspiração traduz o compromisso da empresa em conectar ancestralidade, identidade e profissionalismo na gestão de carreira.

De acordo com Emerson, a ideia é construir uma ponte entre tradição e contemporaneidade. 

“Mais do que gerir carreiras, nosso compromisso é formar artistas conscientes dos seus direitos, da sua ancestralidade e do seu papel cultural. Queremos construir pontes entre o legado da música brasileira e a cena contemporânea, com profissionalismo e visão de futuro”, afirma.

Essa abordagem explica o foco inicial nos gêneros samba e rap, reconhecidos pelos fundadores como expressões de resistência cultural e social. A empresa se propõe a valorizar tanto os baluartes que marcaram a história da música quanto os artistas que estão construindo novas narrativas.

Estúdio da ODR Music
Estúdio da ODR Music (Crédito: Divulgação)

Casting inicial e perspectivas

A ODR Music já estreia com um casting que mistura trajetórias consolidadas e novas vozes. Entre os nomes estão o rapper Xis, a cantora Mafe, o sambista Vitor Federado, o projeto Anel de Bamba e a própria página Ideologia do Samba, agora integrada ao ecossistema da empresa.

A estrutura também está aberta a parcerias e colaborações com artistas independentes que buscam suporte em gestão, produção musical ou utilização do estúdio próprio. O objetivo é que a ODR funcione como um espaço de troca, capaz de articular projetos que dialoguem com a diversidade cultural do Brasil.

Com a chegada da ODR Music, o mercado ganha um novo ator voltado à interseção entre música, esporte e ancestralidade, em um momento em que a profissionalização das carreiras se torna cada vez mais necessária para que artistas tenham sustentabilidade em longo prazo

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