A força dos fãs sempre esteve presente na construção de carreiras, mas o novo estudo do Spotify reúne milhões de dados para mostrar como esse movimento acontece dentro da plataforma. O relatório investiga como as pessoas descobrem artistas, como se conectam ao catálogo, como respondem a anúncios de turnê e como participam de tendências que atravessam fronteiras. A análise está organizada em cinco frentes e ajuda a entender quais caminhos têm funcionado melhor para criar uma base de público mais sólida.
O material parte da ideia de que os fãs são responsáveis pelo impulso inicial de muitos ciclos de divulgação. Em vez de tratar o engajamento como um resultado isolado, o estudo mostra como cada ação, desde um lançamento até uma playlist editorial, influencia a relação entre artista e público a longo prazo. É uma leitura que dialoga com equipes de diferentes portes, oferecendo informações que ajudam a transformar o comportamento de escuta em decisões mais práticas.
Lançamentos como ponto de partida para novos ciclos
A seção dedicada aos novos lançamentos explica que cada música inédita pode funcionar como uma porta de entrada para diferentes grupos de ouvintes. Ela retoma quem já acompanha o artista e aproxima pessoas que nunca tiveram contato com o catálogo. Segundo o estudo, os artistas que criam uma página de contagem regressiva pelo menos sete dias antes do lançamento quase dobram o número de pré-saves.
Quando há um single lançado antes do álbum, somado à contagem regressiva, o aumento é ainda maior: o volume de pré-saves chega ao dobro do registrado por artistas que não utilizam nenhum desses recursos. Para quem trabalha com planejamento, esses dados ajudam a entender o ritmo de interesse do público e a organizar ações para as primeiras semanas após o lançamento.
O papel das playlists na descoberta

A análise sobre playlists mostra como a combinação entre curadoria editorial e recomendações personalizadas expande o alcance dos artistas. O estudo aponta que playlists como Descobertas da Semana têm impacto direto na entrada de novos nomes no radar do público. Em 2024, elas foram responsáveis por mais de 65 milhões de primeiras descobertas. Mais de 70% dos streams registrados pelas playlists vieram de ouvintes que estavam ouvindo aquele artista pela primeira vez.
O ecossistema de playlists do Spotify se tornou um ponto de encontro entre diferentes públicos. A cada faixa adicionada, as equipes conseguem observar padrões de comportamento, acompanhar a reação dos ouvintes e entender quais músicas despertam mais curiosidade. Isso se tornou uma ferramenta importante para ajustar lançamentos futuros e construir presença em playlists alinhadas ao perfil de cada artista.
Como o vínculo emocional se fortalece
A parte dedicada à conexão com os fãs mostra como elementos visuais, narrativas e contexto ajudam a aprofundar a relação criada pela música. Para o Spotify, a escuta é o primeiro contato, mas o universo construído ao redor dela é o que incentiva o público a voltar e explorar mais.
O relatório também apresenta dados sobre ouvintes super dedicados. Eles representam cerca de 2 por cento da base mensal, mas respondem por mais de 18 por cento dos streams. Esse núcleo mais engajado costuma ditar os primeiros sinais de crescimento e influencia métricas que impactam a visibilidade dentro da plataforma. No Spotify for Artists, a aba de audiência permite acompanhar essa divisão e direcionar ações que valorizam o público que já demonstra interesse contínuo.
Relações entre escuta, produtos e turnês

A análise sobre merchandising e shows destaca como a presença dessas ofertas dentro da plataforma aproxima os fãs de experiências presenciais. Enquanto escutam, muitas pessoas têm contato com produtos e com datas de turnê integradas ao perfil do artista, o que torna o processo de compra mais natural.
O estudo também observou padrões de conversão: entre os 100 dias com maior volume de vendas de ingressos dentro do Spotify, 85% ficaram entre quarta e sexta-feira, com destaque para a sexta, responsável por 42% do total.
Esses números ajudam as equipes a escolherem o melhor momento para fazer anúncios e a explorar ferramentas que deixam informações importantes em evidência, como a Escolha do Artista, usado para destacar datas de shows e lançamentos.
Tendências globais que influenciam o caminho da música
A última parte do relatório analisa como os movimentos globais criam rotas de circulação para artistas de diferentes origens. As comunidades formadas em torno de gêneros, cenas locais ou playlists específicas ajudam a levar músicas para outros países. As playlists personalizadas e virais aceleram esse processo, criando ciclos que podem revelar artistas em regiões que não fazem parte da estratégia inicial.
Para quem busca expansão internacional, entender esses fluxos é essencial. O estudo mostra que acompanhar picos de descoberta, identificar mercados que respondem com mais rapidez e observar quais faixas despertam atenção fora do país pode abrir novas oportunidades de planejamento e turnê.
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