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Ecad distribui R$ 13 milhões em direitos autorais do Rock in Rio 2024

Mais de 3.300 compositores foram beneficiados pelo Ecad com músicas tocadas no evento.
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Nathália Pandeló
Ecad

O Rock in Rio 2024 aconteceu em setembro, mas é agora, em novembro, que compositores nacionais e internacionais recebem seus direitos autorais. Segundo o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), a edição comemorativa dos 40 anos do festival gerou a distribuição de mais de R$ 13 milhões para cerca de 3.300 autores. As músicas tocadas nos palcos Mundo, Sunset, New Dance Order, Espaço Favela e outros foram registradas durante o evento e agora são reveladas publicamente.

Para realizar a distribuição, o Ecad gravou 311 horas de apresentações, que incluíram 202 shows e um total de 3.051 músicas executadas. Mais de 52% do repertório foi nacional, enquanto 36% pertenceu a autores internacionais. Cerca de 11% das músicas tocadas ainda aguardam identificação, processo que segue em andamento.

Relevância do reconhecimento dos direitos autorais

O trabalho do Ecad no Rock in Rio incluiu gravações detalhadas e a coleta de roteiros musicais das apresentações para garantir que os valores arrecadados fossem corretamente destinados. 

Além disso, o festival recebeu o Selo de Reconhecimento do Ecad, que destaca eventos adimplentes com a Lei dos Direitos Autorais (Lei 9.610/98). Essa certificação reforça o compromisso do Rock in Rio com a regularização desse aspecto há 40 anos. 

A superintendente do Ecad, Isabel Amorim, comemorou:

“Temos o Rock in Rio, que é adimplente com direitos autorais há 40 anos, como um exemplo a ser seguido no Brasil. Se todos os organizadores de shows e festivais e responsáveis por espaços que tocam música adotassem esse compromisso de valorizar a classe musical, não teríamos uma inadimplência tão alta em tantos segmentos como temos no país. Além disso, as empresas patrocinadoras deveriam observar e exigir que eventos estejam adimplentes com direitos autorais antes de patrociná-los. Não é aceitável nos dias de hoje que empresas de renome patrocinem um evento que não pague o compositor. Convocamos os envolvidos na indústria de entretenimento no país a se unirem ao Ecad e à gestão coletiva em prol do respeito ao direito autoral”.

Rock in Rio 2024- tráfego da TIM no festival equivale a assistir mais de 60 anos de vídeos em HD. Foto: Divulgação/TIM
Rock in Rio 2024. Foto: Divulgação/TIM

Levantamento das músicas mais tocadas

Entre as músicas mais executadas no festival, “Tá ok”, de Kevin O Chris e Dennis DJ, liderou o ranking geral. Outras canções, como “Vai no cavalinho”, de Mr. Sammy e Big Big, e “Mas que nada”, de Jorge Ben Jor, também se destacaram. Cada palco trouxe obras predominantes, como “Olhos coloridos”, de Macau, no Sunset, e “Pata pata”, de Makeba Miriam, no Global Village.

O Ecad informou que o processo de identificação das músicas restantes segue em curso, destacando que essa etapa é fundamental para garantir a distribuição correta dos valores. A instituição reforça a importância do reconhecimento autoral para o fortalecimento do setor musical.

Confira abaixo a lista completa!

Desafios no mercado de entretenimento

Embora o Rock in Rio seja reconhecido pelo cumprimento das obrigações autorais, o Ecad ressalta que a inadimplência ainda é um desafio em muitos segmentos. A regularização desses direitos é apontada como um ponto-chave para valorizar o trabalho dos compositores e fomentar boas práticas no mercado de entretenimento.

A atuação no festival é parte de um esforço mais amplo para garantir que autores sejam remunerados por suas criações. Segundo a instituição, isso é essencial para o desenvolvimento da música no Brasil.

No Rock in Rio 2024, as músicas mais tocadas foram:

Top 5 das músicas mais tocadas em todos os palcos:

“Tá ok” – Kevin O Chris e Dennis DJ

“Vai no cavalinho” – Mr. Sammy e Big Big

“Mas que nada” – Jorge Ben Jor

“Mont. Tira a camisa” – M.C. Cabo

“Rap do Silva” – Bob Rum

Música mais tocada em cada palco:

Palco Mundo: “Mas que nada” – Jorge Ben Jor

Palco Sunset: “Olhos coloridos” – Macau

Espaço Favela: “Vai no cavalinho” – Mr. Sammy e Big Big

Palco Supernova: “Meninos da nova” – Nicolas Araujo Almeida, Buga, Galdino Beats, Prod Toledo, Veigh, Gabriel Alexandre Missias de Sousa, Gustavo Barros de Morais, Nagalli, Luca Faria Honaiser

Highway Stage: “Grinnin’ in your face” – House Son

New Dance Order: “Satisfaction” – Alle Benassi

Global Village: “Pata pata” – Makeba Miriam e Jordan Ragovoy