Sertanejo ganha nova vitrine com o Caça Talentos 2025, parceria entre Folks Pub e Agroplay

Competição busca descobrir novos nomes do sertanejo em formato nacional, com final em Maringá e prêmio que inclui feat com artistas da Agroplay.
Foto de Nathália Pandeló
Nathália Pandeló
Entrada do Folks Pub Sertanejo - Crédito Henrique Campina
Entrada do Folks Pub Sertanejo (Crédito: Henrique Campina)

O sertanejo renova sua aposta em novos nomes com o lançamento da 2ª edição do Caça Talentos, uma iniciativa que une o Folks Pub Sertanejo e a Agroplay, escritório que administra carreiras como as de Ana Castela, Léo & Raphael e Countrybeat. A competição, que abre inscrições em 27 de outubro, aposta em um formato nacional para identificar novos artistas do gênero e fortalecer a base de talentos que sustenta o mercado sertanejo.

Ao reunir uma rede de casas de shows e uma das principais gestoras do segmento, o projeto sinaliza o avanço de parcerias entre marcas e players da música, voltadas a formação e visibilidade de novos intérpretes. O vencedor ganhará a chance de gravar uma música com a chancela da Agroplay, em parceria com um dos artistas do escritório, e dando acesso a oportunidades de inserção profissional no setor.

As inscrições estarão abertas de 27 de outubro a 5 de novembro, por meio dos perfis oficiais das unidades Folks no Instagram. Após as seletivas, a final nacional será realizada em 10 de dezembro, em Maringá (PR), cidade que tem se tornado um dos polos de produção sertaneja no país.

O sertanejo como plataforma de negócios

Público em show sertanejo
(Crédito: Elise Bunting)

O crescimento do sertanejo nas últimas décadas transformou o gênero em uma das principais frentes da economia da música no Brasil. Entre casas noturnas, festivais e escritórios de agenciamento, formou-se uma estrutura que integra entretenimento e marketing. A colaboração entre o Folks Pub e a Agroplay reflete esse modelo: de um lado, uma rede com presença em oito cidades brasileiras; de outro, uma gravadora e produtora que se tornou um case dentro do gênero.

Com todos esses fatores, o Caça Talentos se apresenta como um experimento de captação de artistas a partir de contextos locais. Cada unidade do Folks selecionará um finalista regional, e os escolhidos disputarão a etapa nacional no dia 10 de dezembro, em Maringá (PR). A ideia é permitir que novos intérpretes sejam avaliados em público e dentro de ambientes de performance real, reproduzindo as condições de palco que caracterizam o mercado sertanejo.

Da cena local ao palco nacional

O formato se apoia em três etapas classificatórias, nos dias 12, 19 e 26 de novembro, que serão realizadas nas unidades da rede. A final regional está marcada para 3 de dezembro, e a grande final reunirá oito finalistas em uma disputa nacional. A proposta combina entretenimento e descoberta de talentos, abrindo espaço para vozes emergentes de diferentes regiões do país.

Em 2024, a dupla vencedora da primeira edição, Matheus e Turelli, gravou a faixa “Pilantra”, em parceria com Léo & Raphael, e passou a integrar o circuito profissional. O resultado confirmou o potencial do modelo para gerar novas carreiras dentro de um gênero que, apesar da visibilidade, ainda depende de canais estruturados de entrada para artistas independentes.

Formação de público e profissionalização

Para o fundador do Folks Pub, Pedro Elero, o projeto atua na fronteira entre mercado e comunidade musical. 

“O evento é a prova de que o sertanejo é feito de histórias reais e de oportunidades que mudam destinos. O Folks sempre foi palco de noites memoráveis e, junto da Agroplay, agora é também palco de futuros artistas”, disse.

Já o presidente e sócio-fundador da Agroplay, Rodolfo Alessi, destacou o aspecto formativo do concurso. 

“Estamos empolgados em dar voz a novos talentos e contribuir para o crescimento do sertanejo. O Caça Talentos é uma oportunidade única para quem sonha em brilhar na música e fazer parte dessa grande família”, afirmou.

Essas falas reforçam a percepção de que o setor sertanejo, além de altamente rentável, busca consolidar mecanismos de renovação da cena. Ao conectar franquias de entretenimento e grandes players da produção musical, o projeto aumenta o alcance de estratégias regionais e evidencia o papel das parcerias privadas na descoberta de novos artistas.

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