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Aquisição da Som Livre pela Sony Music é aprovada pelo CADE

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Redação

Órgão regulador do Brasil, o Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), confirmou a aprovação da aquisição da Som Livre pela Sony Music Entertainment. O processo de compra foi anunciado em abril de 2021 e chega está sendo concluído neste mês de fevereiro de 2022 com valor em torno de R$ 1,43 bilhão.

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Ao analisar o caso, o conselheiro relator Luiz Henrique Braido considerou que a operação revelou baixa concentração de mercado e baixas barreiras à entrada. Além disso, segundo ele, como a evolução tecnológica parece indicar, os custos de ingresso no segmento tendem a se reduzir cada vez mais. Por essas razões, o Conselho manteve a decisão da Superintendência-Geral do Cade pela aprovação do ato de concentração sem restrições.

Luiz Henrique Braido
Foto: Divulgação/Gov Ferderal

“A conclusão hoje do processo de aprovação da CADE para a aquisição da Som Livre pela Sony Music é-vinda. elenco de artistas e autores, além de profissionais, som livre agora se beneficiário da rede, recursos e abordagens globais da Sony Music, oferecendo um maior alcance mundial para a comunidade brasileira”, destaca a Sony Music.

E completam: “A lista de artistas e compositores da Som Livre, bem como seus funcionários, agora podem se beneficiar da rede global de recursos e parcerias da Sony Music, oferecendo maior alcance mundial para a comunidade criativa do Brasil”.

Vale destacar que, mesmo com a compra, a marca Som Livre ainda existe durante mais alguns anos. Casa de muitos dos artistas mais populares do Brasil, a Som Livre se tornará um centro criativo independente dentro da Sony Music que continuará a contratar, desenvolver e promover seu próprio elenco de talentos, e fornecer uma ampla gama de serviços à comunidade musical brasileira. Marcelo Soares continuará como CEO da Som Livre.

“Olhando para o futuro e enxergando todas as oportunidades pela frente, é muito empolgante saber que teremos a Sony Music conosco. Estamos, mais uma vez, no lugar certo para garantir as melhores possibilidades de desenvolvimento de carreira para nossos artistas e funcionários”, revelou Marcelo Soares, CEO da Som Livre.

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Foto: Renato Velasco/Memória Globo

Entenda o caso

No último ano, foi anunciado pela Globo que a decisão de vender a Som Livre é parte do processo de transformação da companhia, baseado no modelo D2C (sigla em inglês de “direto para o consumidor), no qual uma empresa controla todas as fases dos processos de produção e distribuição.

Em nota, a Globo havia informado que estava fazendo uma análise detalhada do valor estratégico de seus ativos, com foco nos negócios que mais atendem à sua estratégia principal. “A música continua muito importante no portfólio da Globo, mas acreditamos que é um bom momento para sairmos do negócio tradicional de gravadora e nos concentrarmos na estratégia D2C”, disse Jorge Nóbrega, presidente executivo da Globo, frisando que a gravadora é um negócio “sólido e rentável.”

Em busca de novos talentos e de portas abertas para diferentes vertentes musicais, há mais de 50 anos a Som Livre é responsável por apostar e lançar diversos nomes de sucesso no mercado. Hoje a Som Livre atua além da função de uma gravadora, com foco em produção de conteúdo e marketing musical.