Após cortes de empregos, Spotify reduz ambições de emissões de ingressos

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O Spotify anunciou uma redução de 17% na força de trabalho em dezembro do ano passado, o que impactou mais de 1.500 funcionários.  Segundo o TheTicketingBusiness.com, a maior parte da equipe do serviço de streaming dedicada à emissão direta de bilhetes foi demitida.

Um ex-funcionário teria dito à agência de notícias que o Spotify comunicou que planeja retomar seus esforços para estabelecer uma presença no espaço de bilheteria até o final de 2024. No entanto, considerando a percepção de falta de sucesso em seu empreendimento inicial, a empresa pode recorrer a fusões e aquisições para atingir seu objetivo, como publicado no TheTicketingBusiness.

A medida levanta questões sobre o compromisso do Spotify com o empreendimento, lançado em agosto de 2022 com pré-vendas e eventos para artistas menores. O serviço de streaming começou a testar a venda de ingressos para shows diretamente aos fãs há mais de um ano, por meio de seu novo site Spotify Tickets.

Spotify Lives Events
Foto: Divulgação.

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De acordo com o relatório, embora os testes iniciais tenham se mostrado promissores, com o antigo CFO do Spotify, Paul Vogel, elogiando o entusiasmo dos artistas e o aumento do envolvimento dos fãs, os esforços para expandir estagnaram no final de 2023 em meio a preocupações internas sobre a eficácia da tecnologia de suporte.

Esta última rodada de cortes segue a reduções semelhantes na força de trabalho no início de 2023, incluindo 500 empregos cortados em janeiro e 200 funções relacionadas à podcasts cortadas em junho. A redução marca uma reversão radical de um período de rápida expansão que quase dobrou a força de trabalho do Spotify em apenas três anos.

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Spotify. Foto: Unsplash. 

Em dezembro, Daniel Ek, CEO do Spotify,  justificou por meio de um comunicado os últimos cortes, reconheceu a mudança no ambiente, afirmando: “Nos encontramos agora num ambiente muito diferente”, em comparação com períodos de expansão anteriores.

“Para alinhar o Spotify com nossos objetivos futuros e garantir que estamos no tamanho certo para os desafios futuros, tomei a difícil decisão de reduzir nosso número total de funcionários em aproximadamente 17% em toda a empresa. Reconheço que isso afetará vários indivíduos que fizeram contribuições valiosas. Para ser franco, muitas pessoas inteligentes, talentosas e trabalhadoras nos deixarão”, disse Daniel Ek na época.

Daniel Ek, CEO do Spotify
Daniel Ek, CEO do Spotify. Foto: Noam Galai/Divulgação

Apesar do crescimento contínuo de usuários, somando 6 milhões de assinantes líquidos somente no terceiro trimestre de 2023 para 226 milhões de usuários pagantes, o caminho do Spotify para uma lucratividade consistente continua desafiador. 

De acordo com o Financial Times do mês passado, o Spotify tem um modelo de negócios “falho”. O jornal ainda destacou que para cada dólar de receita gerado pelo serviço de streaming, cerca de 70 centavos são devolvidos aos proprietários de músicas na plataforma.

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No terceiro trimestre de 2023, o Spotify registrou um raro lucro operacional de 32 milhões de euros.   

“Estamos confiantes no nosso caminho e esperamos mais um ano de progresso significativo no cumprimento dos nossos objetivos de rentabilidade para o negócio… E as nossas expectativas agora são de que estaremos consistentemente no azul no futuro”, disse Vogel aos investidores em outubro.

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Paul Vogel, CFO do Spotify. Foto: Divulgação.