Quando uma incorporadora decide investir em música, a notícia chama atenção. A Viva Corp, empresa responsável por planejar, construir e entregar empreendimentos residenciais no Sul do Brasil, acaba de entrar no setor cultural com um projeto que mistura moradia, arte e conexão com o público. A campanha “Dê o play para a vida” marca o início dessa nova fase, em que a companhia passa a financiar eventos, ações digitais e iniciativas ligadas à música popular brasileira.
A proposta é usar a música como parte da experiência de viver bem, conceito central na atuação da incorporadora.
“A Viva Corp investe na música popular brasileira para celebrar sonhos e conquistas com emoção à altura dos grandes momentos da vida. Temos o objetivo de entregar experiências e conexões além do esperado no mercado imobiliário”, afirma Cintia Pereira, fundadora e presidente da empresa.
O vídeo da campanha mistura cenas de shows, praias e famílias recebendo as chaves do primeiro apartamento. A mensagem é simples: a casa é o lugar onde a vida acontece, e a música é o que dá ritmo a essa história.
“A ideia é criar memórias, e a música vai ser nosso fio condutor nessa jornada”, explica a empresária.
Uma incorporadora no palco da cultura
Ao apostar em um projeto voltado à música, a Viva Corp se torna uma das poucas empresas do setor imobiliário a incluir cultura e bem-estar em sua estratégia de marca. Na prática, a companhia quer transformar seus empreendimentos e ações em espaços de encontro entre artistas e comunidades.
Em conversa exclusiva com o Mundo da Música, Cintia Pereira contou que a empresa está criando um programa de incentivo direto a artistas e produtores independentes.
“Acreditamos que a música popular brasileira é uma das maiores expressões da alma do nosso povo. Em 2025, demos início a um movimento que vai além do apoio: é um abraço à cultura que nos forma e emociona. Lançamos um programa de incentivo direto a artistas e projetos que celebram a identidade local. Teremos editais culturais voltados à produção independente, com atenção especial ao Sul do país. Queremos amplificar as vozes que cantam o cotidiano com coragem e poesia.”
A executiva explica que o foco inicial será nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde a Viva Corp mantém a maior parte de seus empreendimentos.
“Nosso coração bate forte no Sul. Foi aqui que tudo começou, e é aqui que queremos fortalecer a cena musical com ações concretas nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mas a música é ponte, é encontro. A partir de 2026, planejamos expandir esse movimento para outras regiões do Brasil, sempre com foco em impacto social, valorização do território e conexão com as pessoas. A música é universal, e nosso compromisso é com quem transforma vidas através dela.”
Novos espaços e novas oportunidades
Criada há mais de uma década, a Viva Corp atua em todas as etapas do setor imobiliário, do projeto ao pós-entrega, com empreendimentos residenciais que valorizam o convívio e a qualidade de vida. Ao levar esse olhar para a cultura, a empresa aposta em um caminho ainda pouco explorado no Brasil: o de aproximar artistas, comunidades e marcas que constroem os lugares onde as pessoas vivem.
Segundo Cintia, os investimentos culturais já estão acontecendo.
“Os investimentos já estão em curso. Em 2025, estamos realizando eventos, apoiando artistas nacionais e locais, promovendo experiências que unem arquitetura, arte e bem-estar nos nossos empreendimentos. Para 2026, teremos um grande lançamento que vai unir, ainda mais e diretamente, a música aos nossos empreendimentos. A cultura será parte do cotidiano, do viver bem. E viver bem é o que nos move, inspira e conecta.”
A iniciativa cria uma oportunidade concreta para quem trabalha com música, especialmente artistas e produtores independentes que buscam novas formas de financiamento e visibilidade. A entrada de empresas de outros setores, como o imobiliário, aumenta o alcance das ações culturais e ajuda a diversificar as fontes de investimento em um mercado que ainda depende muito de patrocínios públicos ou de grandes marcas de consumo.
Música, território e pertencimento
O primeiro passo dessa expansão acontece em Biguaçu, na região metropolitana de Florianópolis, onde a empresa ergue o Viva Serenita, um condomínio-clube com mais de 20 áreas de lazer e espaços de convivência. Embora o empreendimento seja imobiliário, o projeto de marca aponta para algo maior: a criação de ambientes em que o cotidiano das pessoas possa se conectar à arte e à música local.
Essa aproximação entre empresas, artistas e comunidades aponta para uma tendência de cruzamento entre setores da economia criativa. Ao olhar para a cultura como um campo estratégico, a Viva Corp coloca a música em um novo tipo de vitrine, uma que não depende de palcos tradicionais, mas de espaços onde as pessoas vivem, trabalham e constroem histórias.
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