A franquia de reality musical mais bem-sucedida do Brasil nos últimos anos, The Voice Brasil, prepara sua volta com uma nova casa, um novo comando e um time de jurados reformulado. Após a confirmação da mudança para o SBT e para a plataforma Disney+, a emissora anunciou oficialmente os quatro artistas que ocuparão as cadeiras de técnicos na edição de 2025: Mumuzinho, Matheus & Kauan, Duda Beat e Péricles. A movimentação sinaliza uma estratégia clara de renovação do formato, que pretende ser um impulsionador de novas carreiras na indústria da música nacional.
Sob a apresentação de Tiago Leifert, que acumula experiência de dez temporadas à frente do programa, a produção ficará a cargo de Boninho, ex-diretor do Big Brother Brasil, que encerrou seu contrato com a TV Globo após quatro décadas. A combinação de um apresentador familiarizado com a mecânica do The Voice e um diretor conhecido por criar grandes eventos de televisão aponta para uma produção de alto aposta para o SBT.
Uma mistura de experiência e novos olhares
O quarteto de técnicos selecionado para a temporada representa uma curadoria que abrange alguns dos gêneros mais populares e comerciais do país, além de trazer um equilíbrio entre veteranos do próprio reality e estreantes. Mumuzinho, um expressivo nome do samba e do pagode no Brasil, não é novato no programa, mas sua volta é encarada como uma âncora de experiência. O artista já demonstrou sua empolgação com o novo desafio.
“É uma honra fazer parte do The Voice Brasil. Sempre acompanhei o programa de perto e me encanta poder usar minha história e experiência para ajudar novos talentos a brilharem, agora nessas novas casas. Quero que meu time sinta confiança para arriscar e se jogar no palco”, disse o cantor.
Do outro lado do espectro, a dupla sertaneja Matheus & Kauan fará sua estreia absoluta como técnicos. Representantes de um dos gêneros mais dominantes nas paradas e no streaming, eles trazem o olhar de artistas que vivenciam o sucesso na música atual. A dupla enxerga a participação como uma via de mão dupla.
“A gente cresceu respirando música e sonhando com oportunidades como essa. Agora, poder orientar artistas que estão começando é muito especial. Queremos levar o sertanejo para o palco, mas também aprender com todos os estilos que o programa reúne e trazer isso para o nosso time”, contaram.
A diversidade musical como estratégia de mercado
Completando o time, Duda Beat e Péricles oferecem camadas adicionais de diversidade sonora ao programa. Duda Beat é reconhecida por mesclar influências da musicalidade de Recife com MPB e pop eletrônico, construindo um repertório que explora temas como amor e desencanto. Sua presença atrai um público específico e conectado com uma produção musical mais autoral e indie.
“Estou muito feliz em entrar para o The Voice Brasil e poder compartilhar tudo o que aprendi ao longo da minha carreira com artistas que estão buscando seu espaço. Quero incentivar cada participante a ser fiel à sua essência e a mergulhar na própria identidade musical”, afirmou a cantora.
Péricles, por sua vez, tem uma das vozes mais reconhecíveis do samba e do pagode, solidificando a representação do gênero ao lado de Mumuzinho. Sua fala resumiu o sentimento de muitos envolvidos no projeto ao destacar o poder transformador do programa.
“A música transforma vidas, e o The Voice Brasil é um espaço incrível para isso. Quero ajudar cada participante a encontrar sua verdade na interpretação e transmitir emoção em cada nota. Vai ser uma temporada linda e estou empolgado para fazer acontecer”, comentou.
A escolha por técnicos com trajetórias e apelos tão distintos é um movimento estratégico para ampliar o engajamento do público em diferentes plataformas e faixas etárias.
Uma nova forma de transmissão
A estreia do The Voice Brasil está prevista para outubro, e um dos maiores diferenciais desta temporada será seu modelo de exibição multiplataforma. O programa será transmitido simultaneamente pelo SBT na TV aberta e pelo serviço de streaming Disney+, um arranjo inédito para a atração no país. Além disso, cada episódio semanal ganhará um especial de 20 minutos com conteúdo exclusivo, disponível apenas na plataforma digital. Todos os programas completos ficarão disponíveis no catálogo do streaming posteriormente.
Este modelo híbrido reflete uma adaptação necessária do formato de realities musicais aos novos hábitos de consumo de mídia. Ao priorizar a disponibilidade imediata no streaming, a produção busca capturar um público mais jovem que consome conteúdo sob demanda, enquanto mantém a visibilidade massiva da televisão aberta.
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