Executivo com passagens na Deezer e Amazon Music, Bruno Vieira será responsável por liderar a estratégia da gravadora e fábrica de vinil da Rocinante no Brasil
Láisa Naiane
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Bruno Vieira, executivo com passagens na Deezer e Amazon Music, é o novo CEO da Rocinante. Foto: Divulgação
O grupo Rocinanteanunciou Bruno Vieira como novo CEO da companhia. O executivo que possui passagens pela Deezer e Amazon Music será responsável por liderar a estratégia digital da empresa – tanto da gravadora, quanto da fábrica de vinis – que possui planos de expansão para 2025. Wladymir Jasinski, anteriormente administrador da Fábrica Rocinante, agora assume o título de COO do grupo. O anúncio foi feito com exclusividade ao Mundo da Música.
Fundada em 2018 pelo compositor e poeta Sylvio Fraga e pelo engenheiro de som Pepê Monnerat, a Rocinante possui operações em Petrópolis e no Rio de Janeiro, atuando como: gravadora, editora, licenciadora e fábrica de discos de vinil. A gravadora conta com um catálogo que inclui nomes como Jards Macalé, João Donato, Gabriele Leite, Erika Ribeiro, Letieres Leite, Thiago Amud e Mocofaia.
“Com muita alegria comunicamos que Bruno Vieira será nosso CEO, ou Diretor Executivo. Com a expansão da empresa, precisamos de alguém com a experiência específica do Bruno pra ter um olhar mais amplo em relação ao todo — fábrica e gravadora — e traçar planos para a nossa evolução. E ele nos ajudará, dentre muitas coisas, a ter uma presença robusta no universo digital e uma organização empresarial mais eficiente, mantendo sempre nossos valores humanistas”, comenta Sylvio Fraga, sócio-fundador.
Compositor, poeta e fundador da Rocinante, Sylvio Fraga. Foto: Diego Bresani/Divulgação
Bruno Vieira, novo CEO da Rocinante, traz mais de 20 anos de experiência em negócios digitais na música. Foi responsável pelo lançamento do Rdio no Brasil em 2011 e liderou operações da Deezer e Amazon Music. Anteriormente, o profissional atuou na Oi, gerenciando projetos como a rede de rádios OiFM, o projeto Oi Novo Som e o selo Oi Música.
Em 2024, o executivo fundou a Caramba, consultoria especializada em estratégias para o setor musical, e agora assume a Rocinante com o objetivo de contribuir e fortalecer com os projetos tanto da fábrica quanto da gravadora, ampliando a presença digital da empresa, fortalecendo a posição no mercado de vinil e ajudando a estruturar seu futuro.
“É uma honra fazer parte dessa jornada ao lado de pessoas tão talentosas e apaixonadas. A Rocinante sempre me chamou a atenção pelo seu compromisso com a música, a arte e os valores humanistas que defende, e poder contribuir para essa trajetória é um privilégio.Agradeço imensamente pela confiança depositada em mim. Meu objetivo será somar, trazendo minha experiência para fortalecer tanto a fábrica quanto a gravadora, ampliando nossa presença digital e ajudando a estruturar a empresa para o futuro, sem jamais perder de vista aquilo que nos torna únicos“, celebra Bruno Vieira, CEO da Rocinante.
Bruno Vieira, CEO da Rocinante. Foto: Divulgação
Do digital ao vinil, Rocinante projeta crescimento em 2025
Em 2024, a Rocinante teve dois álbuns indicados ao Latin Grammy, incluindo “Pra Você, Ilza”, de Hermeto Pascoal e Grupo, vencedor na categoria Melhor Álbum de Jazz, além de lançar “Mascarada”, do Sergio Krakowski Trio com Jards Macalé, e “Atlântico Negro”, de Ilessi, ambos apontados entre os melhores do ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).
Já a fábrica de vinil, se tornou uma das principais referências na América Latina, prensando reedições e lançamentos de artistas consagrados como Gilberto Gil, Joyce Moreno, Liniker, Djavan, Anelis Assumpção, Céu, Chico Buarque, Os Racionais e Moacir Santos. Só em 2024, produziu 150 mil discos. Entre os títulos mais vendidos estão “Caju” e “Indigo Borboleta Anil”, de Liniker, e “Batidão Tropical”, de Pabllo Vittar.
Fábrica da Rocinante no Brasil. Foto: Lucas Narraci/Divulgação
A parceria de licenciamentos entre a Rocinante e a Três Selos já prensou mais de 40 títulos, ampliando a distribuição de clássicos e novos lançamentos. A recente ampliação da infraestrutura da fábrica para quatro prensas permitirá um aumento de até 70% na capacidade produtiva em 2025, com planos para reintroduzir o formato compacto no mercado.