A Sony Corporation revelou os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024, destacando um crescimento de 10% nas receitas de seu segmento musical, que inclui a Sony Music Entertainment e a Sony Music Publishing. As receitas totais alcançaram R$ 16,9 bilhões (equivalentes a US$ 2,93 bi), um aumento em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Esse resultado abrange tanto as operações de música gravada quanto a edição musical, além de incluir a Sony Music Entertainment (Japão), que agrega rendimentos com mídia visual e plataformas de jogos e animação. Apesar disso, a empresa ressaltou o crescimento das estatísticas de música propriamente ditas.
Streaming e vendas físicas em alta
A receita de música gravada subiu 14%, atingindo aproximadamente R$ 10,9 bilhões, com destaque para o aumento de 9% na receita de streaming, totalizando cerca de R$ 7,1 bilhões. O setor de vendas físicas também demonstrou força, registrando uma alta de 22%, somando aproximadamente R$ 940 milhões. Esses resultados refletem a relevância dos formatos tradicionais em meio à era digital e a continuidade do interesse pelo consumo de mídia física.
No setor de edição musical, a Sony Music registrou um crescimento de 11%, com receitas chegando a R$ 3,46 bilhões. O streaming manteve sua contribuição importante, com um incremento de 9% nesse segmento.
Artistas e lançamentos de sucesso
Entre os artistas que impulsionaram os resultados da Sony, destaca-se SZA, ainda capitalizando no aclamado disco “SOS”, lançado no final de 2022, mas que gerou a maior receita no trimestre. Outros nomes incluem David Gilmour, com “Luck and Strange”, e Travis Scott, com “Utopia”.
O mercado dos Estados Unidos, que representa uma parte considerável do público de música da Sony, tem 73% do consumo de catálogos, evidenciando o valor de projetos lançados há mais de 18 meses.
Comparações e futuros movimentos
Os resultados recentes da Universal Music Group (UMG) mostraram que a empresa também conseguiu um desempenho sólido, embora com nuances diferentes em comparação à Sony.
A UMG registrou crescimento em segmentos-chave como streaming, mas enfrentou desafios em algumas áreas de mercado devido à crescente competição e à evolução do comportamento do consumidor. Isso ilustra uma dinâmica onde cada grande empresa busca fortalecer seus pilares estratégicos e expandir sua presença digital e de catálogos consolidados.
O lucro operacional de cerca de R$ 3,39 bilhões registrado pela Sony Music aponta para uma empresa que adapta-se bem às tendências de mercado. Agora, o foco está em expandir suas operações com direitos de imagem (NIL) e explorar oportunidades de merchandising e eventos ao vivo.